Num universo paralelo, Paris não tem heróis, e muito menos, vilões, mas existem famílias poderosas que nem sempre são tão perfeitas como costumam dizer.
A família Dupain-Cheng era um exemplo, dona da linha de perfumes e fragrâncias mais famosas da F...
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Hoje fico no colégio até mais tarde e não estou reclamando, por mais que os ensaios estejam puxados devido os jogos estudantis estarem próximos e agora por eu ser a líder preciso dar o bendito exemplo de ouro, mas é bom ter um motivo para não voltar para casa tão cedo e ocupar minha mente com algo.
Por isso tentei vir com uma roupa mais confortável do que o meu habitual para a decepção de minha mãe, ao menos ela não viu. Era uma blusa branca de gola alta simples e uma calça preta de cintura baixa realçando minha cintura. Caso eu sinta frio, trouxe uma blusa de frio marfim para colocar por cima.
Quando saio da cabine do vestiário feminino já estou vestindo meu uniforme de líder, eu tenho vários, mas esse vermelho é incrível, além de deixar as minhas curvas sutilmente a mostra com a cor vibrante que sou apaixonada, mas não uso tanto por ser "atrevido demais" (fala de meu querido pai) me sinto muito confortável nele.
Passo minhas mãos pelo meu cabelo os ajeitando em uma espécie de rabo para que ele não me atrapalhasse no treino. Consigo ouvir alguém chegar, mas não faço questão de olhar, porém infelizmente minha visão periférica nota a morena escorada na porta. Tento ignorá-la, mas a de olhos verdes oliva me impede de fazer isso.
— Você deve estar amando tudo isso. — a sua voz conseguia ser realmente irritante em meus ouvidos.
— Seja direta, Rossi. — pego meu brilho labial na bolsa ainda sem ter a menor vontade de ver seu rosto.
— O Adrien não vai se contentar apenas com você. — seu tom era o mesmo que ela havia usado com a outra garota naquele dia, se fazendo de boa samaritana, mas dizendo aquela atrocidade em voz alta.
Aplico o brilho nos lábios e esfrego meu indicador no produto agora presente no tecido de minha boca esfumando.
— Não se preocupe tanto com isso. — guardo o gloss na minha bolsa. — É mais provável eu não me contentar com ele.
A risada sarcástica perturba meus ouvidos fazendo com que eu revirasse meus olhos antes de ser obrigada a olhá-la com seu batom roxo ridículo, analiso seu uniforme, não era o correto para aquele dia, mas quem se importa?
Ela com certeza só se importa com essa vestimenta porque é minúscula em relação ao seu corpo, é horrível, o tecido fica todo transparente, apenas os idiotas que pensam com a cabeça de baixo gostam dela e pensar que Adrien estava nessa lista só me faz ter certeza que ele é um idiota às vezes.
— Você se acha demais. — cruza os braços. — Acha que é melhor do que os outros.
Me aproximo dela ficando próxima de seu ouvido.
— Eu não acho, eu sou melhor do que todos vocês. — sussurro e me afasto com meu melhor sorriso atrevido.
