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Aemond suspirou profundamente, afundando-se no colchão quente de sua querida cama. O quarto estava escuro, com as luzes tímidas da manhã nublada se infiltrando pelas frestas das cortinas. A luz que provinha da lareira no canto, lançando um brilho quente no quarto. O silêncio era bem-vindo, e finalmente, um momento de paz —
— Aemond, seu idiota! Abra a porra dessa porta!
O som abrupto da voz de Aegon ecoou pelo quarto, reverberando pelas paredes silenciosas e quebrando a tranquilidade como vidro estilhaçado.
— que foi instantaneamente arruinado. Obrigado, Aegon.
Aemond deixou escapar outro suspiro, desta vez de pura exaustão. Relutante, ele se levantou da cama, sentindo o calor das cobertas se afastar de seu corpo como uma traição. O loiro arrastou-se até a porta, os pés descalços tocando o chão frio de pedra, uma postura completamente indigna de um príncipe, mas ele estava tão cansado que nada mais importava.
Quando abriu a porta, Aegon estava lá, como sempre, com seu sorriso insolente. No entanto, seu sorriso vacila assim que seus olhos correm pelo rosto do irmão.
— Deuses, você está horrível — disse Aegon, atrevido, mas havia uma nota de preocupação em sua voz, bem escondida sob sua fachada de indiferença.
Ele sempre escondia a preocupação por trás de sua língua afiada.
Aemond não teve energia para reagir, nem para tentar expulsá-lo do quarto. Ele já estava acostumado com o hábito de Aegon de aparecer onde não era chamado e agir como se o quarto fosse dele, como um gato de rua que invade qualquer residência sem cerimônia. De fato, a semelhança entre Aegon e um gato, despreocupado e sempre no lugar errado, nunca lhe parecera tão clara.
Perceber para onde sua mente se desviou só serviu como um lembrete de quão exausto Aemond realmente estava.
Soltando uma respiração pesada, Aemond volta para a cama. O colchão afundou sob o peso de seu corpo quando ele se jogou de bruços, desejando poder afundar ainda mais, talvez desaparecer.
— Saber que Aegon fez questão de vê-lo não aquecia seu coração nem um pouco. Provavelmente, era apenas seu coração prestes a parar de bater. Talvez. –
— Obrigado, Aegon, por suas incríveis habilidades de dedução — murmurou Aemond contra o travesseiro. Ainda assim, Aegon entendeu cada palavra. — Veio aqui só para me humilhar?
Aemond ergueu a cabeça do travesseiro macio e lançou um olhar mal-humorado para o irmão mais velho. O dito irmão mostrou a língua de forma infantil.
— Não, seu filhote de dragão feio e enrugado — Aegon cutucou o lado de Aemond apenas para irritá-lo — Vim saber se você ainda está vivo e também para te repreender por fazer Helaena procurar por você até o fim do mundo.
Aemond franziu a testa, confuso com a afirmação, ignorando completamente o apelido ridículo.
— Por que ela estaria preocupada? Ela nem sabia que eu ia sair.
Era verdade. Aemond, às vezes — ou vezes demais para contar — tomava decisões como essa: sair no meio de uma tempestade e voltar como se nada tivesse acontecido. As pessoas ao seu redor ficavam em pânico. Principalmente sua mãe, que parecia sempre a um passo de arrancar os próprios dedos de tanto coçá-los.
Diante de tal resposta, Aegon ficou inexpressivo.
— Você pode ser tão burro às vezes...
Aemond apenas arqueou uma sobrancelha, o cansaço nublando sua paciência.
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𝐈𝐧 𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐄𝐲𝐞𝐬
FanfictionBastardos não tinham um lugar no mundo, eles eram considerados menos que lixo, nada aos olhos das pessoas. O príncipe Aemond Targaryen foi ensinado sobre isso em uma idade jovem. Sua mãe, Alicent Targaryen, nascida Hightower, a rainha, se certificou...