meu antigo amor

2. dormir tranquila

Anya trabalhava em uma cafetaria, era um lugar muito lindo e xique, então ela sempre se esforçava para dar o seu melhor.

Mas hoje não estava sendo um dia muito bom para a Rosada, visto que a mesma estava atendendo a maioria das mesas sozinha, já que a chuva estava muito forte e alguns dos seus companheiros de trabalho não conseguiram ir trabalhar.

- Forger, mesa dois! - disse um dos poucos colegas de trabalho que estava no balcão com uma bandeja.

- já vou! - ela anotou os pedidos de uma mesa e vou pegar os de outra, era bem cansativo, mas assim ela se mantinha atenta.

Anya ainda tinha aquela afinação por espionagem e tudo sobre o assunto, então amava a idéia de que se movimentando do jeito que fazia, as vezes tendo que passar por de baixo da bandeja de outro garçom para chegar ao seu destino, poderia ser tão boa quanto seu pai.

- prontinho, senhor, senhora. - ela põe os pedidos na mesa de um casal pomposo. - mais alguma coisa?

- não muito obrigada. - a mulher agradece tentando ser educada. Tô loca pra sair logo daqui e me encontrar com o meu amante, ele é mil vezes mais interessante que esse mala, só tô com ele por causa da grana mesmo. - ouvindo esse pensamento, Anya congela, as vezes é horrível saber dos pensamentos das pessoas, algumas são tão sujas que dói.

- com licença. - ela diz enojada.

O sininho que anunciava que alguém havia entrado tocou e como de costume, os empregados da cafetaria deram as boas vindas, alguns sem nem ver quem era.

- Sr. Windows, posso sair mais cedo hoje? Tá chovendo muito forte e acho que os ônibus não vão continuar passando na frente da minha casa. - pede a Rosada.

- claro, hoje vamos fechar mais cedo mesmo, essa chuva estragou o meu dia, daqui à uma hora você pode ir embora, agora vai atender a mesa três. - o homem que era seu supervisor lhe entregou uma caneta.

Indo despreocupada até a mesa do cliente, ela para para fazer a clássica pergunta:

- boa tarde, o que deseja, senh... or... - quando ela para pra olhar a pessoa, era Damian que a encarava da mesma forma; pasmo de encontrar a colega naquele estabelecimento. - Desmond!

- Forger... v-você trabalha aqui?

- não, tô vendendo pastel, o quê que cê acha?! - logo ela se arrepende do que diz e abaixa a cabeça envergonhada, havia esquecido de que estava falando com o garoto do qual estragou a vida fazia um ano. - digo, sinto muito, sim, eu trabalho aqui.

O mesmo levantou uma sobrancelha, logo se recompôs e fez o seu pedido.

- já já eu trago o seu pedido, senhor. - ela voltou alguns minutos depois com o pedido. - aqui, senhor, mais alguma coisa?

- não, muito obrigada. - ele disse sem olhar pra mesma. Droga, por que ela tinha que ficar tão fofa nessa roupa?! Eu nem sabia que ela tava trabalhando aqui! Maldita Blackbel, ela que me indicou essa cafeteria! - Anya corou com o primeiro comentário e pensou em matar a amiga no segundo.

- com licença. - ela saiu da vista do Desmond. - mas eu mato a Becky!

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Uma hora depois, Damian ainda estava na cafeteria, mas nunca pedia nada além de café ou um pão doce.

Anya já estava indo embora quando olhou pra porta vendo o Desmond olhando pro lado de fora.

- não me diga que tá com medo da chuva? - brincou com o garoto.

- não é isso, é que meu carro tá do outro lado da praça, vou ficar encharcado até chegar lá, imagina você que mora longe. - ela rebateu olhando pra garota que estava com um vestido vermelho com pontinhos brancos. - legal saber que você não veste só sacos de lixo.