meu antigo amor

19. algo de errado

- todo mundo esperava que você virasse um selestial também, então eu só precisava chegar lá junto com você e sendo sua amiga, seu pai se enteressaria em mim e os dois poderiam se juntar e foi como acontceu, mas para não chamar muita atenção pra agência, prenderam o seu pai dizendo que tinha sido por fraude e coisas haver com o trabalho.

- então você só ficava no meu pé por causa disso? - Damian se segurava pra não gritar e chamar a atenção dos empregados.

- sim... mas...

- mas o quê? - fala com cara de nojo e vira o rosto. - começo, agora termina.

- depois de uns anos empolgada com a missão, o que me motivava a me aproximar de você não era só o meu pai ou a missão, eu passei a realmente gostar de ficar perto de você e principalmente de brigar com você todos os dias. - os dois sorriem de canto sem perceber.

- acho que essa era a parte preferida dos meus dias, quando a gente brigava. - ele se joga no colchão frustrado, um minuto inteiro de silêncio se passa. - sabe, eu não tô bravo com você.

- ãh? - ela o olha confusa.

- meu pai não valia muita coisa, ele nunca deu atenção pra nenhum dos filhos, acho que ele queria que eu e o Demitrius fossemos como ele, acho que se não fosse por você, hoje eu e meu irmão poderíamos estar metidos em um grande crime, como ele.

Ele vira o rosto pra garota que se sentia aliviada de não ter perdido a amizade do Desmond.

- me fala, Damian, você não sente nem um pouco furioso comigo pelo que eu fiz?

- não, mas não vou dizer que não fiquei mal quando assumiu que ficava perto de mim por interesse.

- desculpa por isso.

- tudo bem, eu era mesmo um saco naquela época, sem contar que eu tô bem sem ele por perto, sabe, me saiu um grande peso das costas.

- fico feliz de não perder uma das únicas coisas boas que eu ainda tenho...

Damian se vira pra rosada por completo, parecendo estar todo encolhido, mas pensativo e talvez um pouco deprimido.

- o que você fez? - pergunta deixando a rosada com medo de responder. - essa história de que você brigou com o seu pai, você ter fugido de casa e agora essa história só pra me pedir desculpa e dizer que a gente nunca mais vai se ver? O que você fez, Anya?

- umas duas ou três semanas atrás, naquele meu ataque de ansiedade, eu e meu pai paramos pra conversar no hospital, só eu e ele e eu contei a verdade, do início até o fim e ele me aceitou, aceitou tudo porque me ama. Depois que a missão acabou, ele deveria ter ido embora e abandonado a gente, me deixado de novo em um orfanato e abandonado a mamãe.

- e por que ele não fez isso?

- porque ele se acostumou a viver com a gente, ele se apegou a nós, meu pai ama a mim, a minha mãe, ao Bond, ele não queria abandonar por nada. Ele se sentiu bem com esses anos de missão e tudo porque assim como eu, ele nunca teve uma família de verdade.

Anya começa a se lembra do dia em que foi sequestrada, naquele dia, Loid pensava no motivo para ele ter virado um espião e por isso, ele decidiu que Anya iria ser a sua filha de mentira, mas com o passar dos anos, a vontade de amar, cuidar e proteger dos perigos a todo custo, foi aumentando e ele não queria mais se separar de sua filha, assim como ela não queria se separar do seu pai espião.

- depois daquele dia tudo voltou ao normal, tirando que meu pai sabia que eu lia mentes e que eu propositadamente ajudei ele na missão que durou metade da minha vida. Mas em uma das missões dele, ele descobriu quem minha mãe era de verdade.