10. ajuda

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- não, Becky, eu não vou na festa dela. - Anya diz ao telefone para a melhor amiga que comentava sobre uma festa de uma das riquinhas da sala.

- por que não?

- porque ela nem me convidou, Becky e eu também não gosto dela.

- só porque ela vive se jogando nos braços do Desmond. Olha só, com toda a certeza ele também vai, mas só porque a mãe da Amanda e a mãe dele são amigas de infância, você tem que ir, Anya.

- Becky Bleckbel, a resposta é não e parra de insinuar que eu gosto do Damian, somos... eu nem sei o que nós somos!

- tá bom, eu não vou mais insistir, mas... eita, chamada no grupo, desliga aqui e atende lá.

Ela entra no mercado já com o celular no ouvido.

- Oi gente, algum problema? - pergunta a rosada.

- nada de muito importante, é que eu e as meninas não estamos nos sentindo muito bem e seria muito bom se vocês avisassem pro professor que amanhã não vamos participar da aula, não quero correr o risco de alguém passar mal na sala. - explica Samuel com aquela voz suave.

- não podia só ter mandado mensagem? Tinha necessidade de ligar pro grupo todo? - pergunta Damian do jeitinho grosso dele.

- foi mal, é que eu até mandei, mas ninguém respondia e eu não queria correr o risco de levar falta ou dos professores baterem nos nossos dormitórios.

- e também tem aquele professor meio irritante que viria aqui só pra dizer o quanto foi deselegante faltarmos aula. - reclama Mile logo bocejando.

Anya ri da amiga, na fila do caixa, ela esperava sua vez, enquanto isso, se divertia ao telefone.

- mas vocês estão gripados, com dores, se quiserem eu posso ir aí, o que acham? - ela pergunta tentando ser atenciosa.

- que nada, é só uma tontura e uma dor no estômago, mas caso alguma coisa aconteça, eu aviso, prometo. - confirma o de cabelos azuis.

A rosada sorri e dá um paço à frente finalmente chegando sua vez.

- já volto gente. Boa tarde, deu quanto? - ela deixa o celular no ombro pra se comunicar com a moça do caixa.

- boa tarde, os ovos, a linguiça e o sal, vai ficar ***

As comidas de hoje em dia tão ficando caras, né? - ela pensa dando adeus ao dinheirinho precioso, tá certo que era da casa, pra quando alguém precisasse, mas sejamos sinceros, a partir do momento em que você aprende a valorizar o dinheiro, você chora se tiver que dar mais de vinte reais. - aqui.

A mulher põe as coisas na sacola e Anya sai do mercado com pensamento de que era tudo para sua mami.

- voltei... - ela diz chorosa.

- cê tá chorando, Anya? - pergunta Samuel preocupado.

- a mulher me cobra *** por tão pouca coisa, é mais fácil eu ir comprar leite na farmácia...

- isso é porque você é pobre, chora por tão pouco dinheiro. -diz Damian.

- ô Damian, os únicos que não podem entrar nessa conversa de custo de grana, é você, a Becky, o Ewin e o Emille. - tirando vocês, só a gente entende o valor da perda do direito.

Anya toma um grande susto quando ouve o grito de uma mulher e assim que a mesma iria se virar pra ver o que havia acontecido, sentiu um aperto em sua bunda e logo um homem sorridente a olhava, ele cheirava a cachaça e fedia a cigarro.

- que grito foi esse, Anya? - pergunta Lizy.

- sabia que você é bem gostosa? - diz o homem com uns dentes a menos e uma barba com migalhas de comida. - paga quanto?

meu antigo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora