meu antigo amor

7. chorar

A aula havia começado, mas mesmo com aquele monte de pensamentos maldosos sobre a rosada, ela tentava se concentrar no professor e apenas no professor. Pelo menos não haviam mais agentes a sua volta, ou seja, sem dores de cabeça.

Deu a hora e a rosada saiu da sala indo na direção do armário.

- tá bom, respira, respira, agora eu só preciso voltar pra casa e depois eu me tranco no quarto, simples. - ela dizia para si mesma em voz baixa, mas foi puxada por alguém e quando viu, Damian a estava guiando por entre os corredores da escola. - Damian?

- quieta. - ele diz a levando para um local atrás da escola, eles se sentam ao lado da fonte d'água onde o silêncio permaneceu. - o que você tem?

Espantada, Anya abre um pequeno sorriso de mostrar os dentes e soltou uma risada de escárnio.

- o que foi? - ele pergunta pensando se disse alguma coisa engraçada.

- você tem um jeito estranho de se preocupar comigo. Não tem nada de mais acontecendo, mas obrigada pela preocupação. - o Desmond corou de leve e virou o rosto na intenção de a rosada não notar.

- você tá sempre lamentando alguma coisa pelos cantos da escola. Ultimamente você nem olha mais pra mim, faz um ano que se eu chegar perto você muda até de direção. Agora, se a gente conversar por mais de um minuto você recua e corre de mim!

- Damian...

- tá certo que eu também nunca fui a pessoa mais gentil com você, mas mesmo assim, você sempre ficava do meu lado e mesmo comigo te chamando de plebéia ou te humilhando, você sempre tentava ficar perto de mim. Desculpa se eu peguei pesado, se eu exagerei ou passei dos limites.

A rosada se levanta ficando cara a cara com o Desmond que cora.

- a culpa... a culpa não é sua, eu não tô brava com você... eu, eu só...- exitante, ela dá um paço pra trás, ela não conseguiria dizer aquilo nem que ele pedisse. - droga, não consigo! - a rosada vira as costas e corre.

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Loid estava sentado lendo jornal como qualquer homem normal naquele país, Yor havia saído do banho e estava secando os cabelos.

- daqui a pouco a Anya chega, certo? - ela pergunta olhando pro relógio já marcando 18:30h.

- eh, o honibus já deve estar chegando. - uns segundos depois, a porta é aberta e Anya entra correndo e chorando, ela vai pro quarto e se tranca sem falar com ninguém. - Anya? - Loid e Yor foram até a porta do quarto da mesma vendo sua sombra em baixo da porta. - o que aconteceu?

- nada! - ela responde com a voz arrastada.

- abre a porta meu amor. - Yor pede.

- eu... eu só... tá tudo bem, mãe, não precisa se preocupar, só me deixa sozinha... só um pouco. - os dois se entre olharam preocupados.

- deixa eu conversar com ela, Yor.

- tá bom. Vou levar o Bond pra passear. - ela pega a coleira do cachorro de pelagem branca e gravata borboleta preta e sai do apartamento.

Aproveitando a oportunidade, Loid bate na porta da rosada.

- Anya, respira, sabe que não pode se estressar assim.

A mesma do outro lado da porta de madeira respirava fundo sentindo suas mãos tremerem, a cabeça doía e ela não conseguia parar de chorar.