21. agência

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Damian no momento tinha um saco de pano na cabeça, para não ver o caminho que percorriam com o carro.

- vem cá, por que só eu tenho um saco na cabeça? - pergunta já irritado.

- porque você já sabe de mais, além do mais, não confio em nenhum de vocês, nem em você, informante. - comenta Nightfal olhando torto para Frank.

- que isso, trabalhamos juntos, não tem essa na agência. - ele brinca de forma relaxada no banco do lado da agente que dirigia pelo caminho mais seguro.

- você e eu não trabalhamos juntos, você é um mísero informante, para o Twilight, você arrumava documentos falsos e informações de pessoas com quem o meu tipo de pessoa, cuidamos.

- ae, eu também arrisquei a minha vida nesse emprego tanto quanto você.

- você cuida de papéis, eu cuido de armas, você pega informação, eu pego bandidos, assassinos, inimigos do país. Seu trabalho é cuidar de criança enquanto eu arrisco minha vida, então não diga que fazemos o mesmo trabalho, porque não fazemos.

Enquanto os dois brigavam no banco da frente, Damian percebe a calma e quietude da rosada ao seu lado.

- tudo bem, Anya? Tá quieta.

- não tem nada bem, Damian, meu pai foi sequestrado, minha mãe sumiu, eu tô sendo caçada, meu cachorro tá sendo caçado e pra piorar a minha situação, eu ainda coloquei você nisso! - ela põe as mãos no rosto escondendo a vergonha. - me desculpa por isso, eu não queria...

- olha, sendo sincero, eu já esperava um dia estar amarrado com um saco de pano na cabeça ou vendado, eu sou rico, meu pai pelo jeito era bem mais do que a gente pensava, uma hora ia acontecer, eu só não imaginava que fosse acontecer desse jeito, pelo menos com eles, eu não vou morrer.

- veremos. - a mulher ameaça do banco do motorista.

- tá, agora sim, eu tô me sentindo ameaçado. - ele brinca fazendo a rosada não conseguir segurar o riso. - se sente melhor?

- eu tô no meio termo, mas me sinto um pouquinho melhor.

Vem cá, depois que isso acabar, que tal  gente sair? Sei lá, um cinema, uma festa, alguma coisa divertida, você escolhe e se quiser, até levamos o Bond. - ele pensa convidando a mesma.

- se isso acabar bem, eu topo, mas antes, meus pais.

- por mim, tudo bem.

O carro para repentinamente, jogando todos pra frente, só não aconteceu de nenhuma ferida pelo fato de estarem de cinto, já Bond foram outros quinhentos...

- ei, olha meu cachorro, Fiona.

- a culpa não é minha que esse animal não foi devidamente educado, agora saiam do carro. Informante, traga o Sr. Desmond.

Quem essa mulher pensa que é pra ficar me dando ordens? - pensa Frank de cara fechada, ele abre a porta deixando, Bond sair e chama o Desmond para descer que ele iria acompanhar o mesmo. Já Anya desce sozinha pelo outro lado.

- tio, a gente já pode tirar esse saco de pano da cabeça dele? - pede a rosada.

- não. E eu acho bom você ir andando do lado daquela mala, a mulher é uma gata, mas eu não ficava nem que fosse pra sair por uma noite.

Anya segue a albina com Bond indo atrás. Os corredores davam espaço para no máximo duas pessoas passarem, as salas não tinham janelas, a não ser nas portas, mas mesmo assim, elas eram tampadas com persianas.

Os três são levados para uma sala escura, só lá que Damian teve finalmente a venda tirada, uma lâmpada no meio da sala é acesa e os três - que estavam sentados um do lado do outro, até mesmo Bond que se sentava ao lado da dona. - tomam um grande susto quando vêem na outra ponta da mesa uma mulher ruiva, batom vermelho forte, óculos redondos e um chapéu pontudo, que mais parecia de bruxa.

meu antigo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora