8 | Talking body

950 107 11
                                    

— Quando eu vim aqui pela primeira vez não pude perceber o quão é bem decorado, arrumado e diferente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Quando eu vim aqui pela primeira vez não pude perceber o quão é bem decorado, arrumado e diferente. — sorri de canto, olhando-a caminhar pela sala de estar, olhando em volta, atenta as placas decorativas que exibiam músicas de álbum de bandas que eu gostava. Haviam diversos espalhados pelo apartamento.

Todos os meus apartamentos haviam decorações semelhantes a essa, apenas a casa que eu tinha em México saia desse padrão, porém ainda tinha uma beleza diferenciada e uma organização impecável. Tudo sempre teve um toque meu, uma marca minha para sempre ser lembrado.

Eu sempre tive uma posição de poder sobre qualquer coisa que estivesse ao meu alcance e eu pudesse designar como meu. Eu sempre tive poder em minhas mãos, e isso se tornou um álibi para todo o meu empoderamento. Minha vida sempre se baseou em ter ou não ter. Em ganhar ou perder. Totalmente ambiciosa eu sempre tive o que eu queria.

— Eu não costumo trazer pessoas aqui — afirmo. — nem pessoas de negócios, mas a decoração é inevitável.

Jennie assentiu. A casa na França, na Itália e na Coreia tinham uma breve semelhança; a quantidade de informações sobre a minha máfia. Uma passagem secreta para salas onde haviam paredes com rostos de indivíduos inimigos e possíveis alvos futuros. Tantas informações sobre tudo que eu não saberia o que poderia fazer se Jennie descobrisse.

— Por que me pediu para trazer você aqui? — questiono, semicerrando os olhos.

Eu estava tentando ser totalmente compreensiva com a Jennie. Honestamente não era tão difícil quanto eu imaginei, porém ainda é abstruso, tratar Jennie como uma amiga era compreensível e tolerável, mas eu sabia que essa situação era uma oportunidade para surgir sentimentos, e muito mais do que deveria existir entre nós.

— Não queria ficar sozinha — ela pronuncia, mostrando um sorrisinho para mim. — e seria uma aproximação interessante para nos conhecermos.

— Verdade nua e crua — falo, olhando seus olhos sorrateiros. — por que você quer tanto se aproximar de mim? — pergunto, percebendo o quão neutra ela havia ficado naquele instante. Em completo silêncio.

— Porque quero conhecer você. — assenti, ainda duvidosa, o que exatamente ela gostaria de conhecer sobre a minha pessoa? — Minha vez — expiro com força. — por que você é desse jeito presunçoso e petulante? Já se magoou?

Puxo a garrafa de Whisky sobre a mesa, ofereço um copo para ela, e a mesma aceita. Despejo a bebida em ambos os copos, agora eu a olho, na tentativa de decifrar seu olhar provocativo.

— Vou te dar uma dica — começo. — não fale sobre os seus sentimentos, sobre as suas dores e principalmente sobre o seu passado. Para si mesmo essas coisas que tem um significado gigantesco, para pessoas alheias são pequenas, absolutamente nada, e dessa forma é o essencial para você estar na palma da mão delas, e boom — estendo o copo para Jennie. — elas te machucam. — nossos copos colidem. Pisco, mostrando um sorrisinho, então em seguida tomo a bebida de uma vez.

My Sweet MobsterOnde histórias criam vida. Descubra agora