24 | Farewell

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Um mês depois...

Um mês havia se passado. Um tempo relativamente grande. Uma nova mudança na minha vida. Os dias eram mais longos sem aquela mulher comigo. Eram mais difíceis, totalmente monótonos. Eu havia saído na capa da vogue pela segunda vez em 2 anos. Minhas fotografias haviam sido um sucesso, assim como as entrevistas em programas. As novas coleções que agora eu não tinha ânimo ou simplesmente criatividade para criar, eu havia contratado pessoas especialistas para isso.

Eu havia ido ao médico cerca de 10 vezes apenas durante aquele mês. Honestamente eu estava desesperada com aquela situação. Esconder algo que logo ficaria nítido era tão complicado. Eu olhava-me no espelho todos os dias, observando o tamanho mínimo da minha barriga. Sonhando com o momento em que Lalisa a tocaria juntamente comigo.

Observo o celular sobre a mesa. A foto que havíamos tirado juntas. Seu rosto escondido na curvatura do meu pescoço. E o sorriso estampado em meu rosto. Viro o celular, balançando a cabeça. Eu tinha que parar de pensar nela. Aquele sentimento me fazia mal ao extremo. Aquela sensação. Aquele medo de não conseguir ser capaz de seguir em frente sem ela. Eu estava desesperada.

— Terra chamando Jennie. — Taehyung fala, estalando os dedos na minha frente. Eu o olho, confusa. — Em que mundo você está?

— No mundo da lua.

— No mundo da Lalisa. — Jisoo retruca, enquanto arruma as peças de roupa no cabide. Eu a olho, percebendo seu olhar convencido. Suspiro, balançando a cabeça. — Ela foi embora, não adianta nada ficar se lamentando. Ela não presta.

— Será que você pode por favor não falar dessa forma? Você não conhece a Lalisa, não como eu a conheço. — afirmo, irritada.

— Você anda muito triste e estressada, por culpa dessa mulher. Ela não te faz bem, será que você não consegue enxergar isso? — me levanto rapidamente.

— Ela sempre me fez bem, enquanto estava aqui, e ela foi embora, eu não tenho o direito de sofrer por isso?! Eu a amava porra.

— Mas ela se foi sem falar absolutamente nada, sem dar uma única notícia. Ela não te amava.

— Cala a boca! — balanço a cabeça. Me sentando novamente, agora sentindo meu corpo fraco.

Suspiro, sentindo meus olhos marejados. Cabisbaixa, ela realmente me amava? Por que ela havia ido sem sequer se despedir? Por que ela me deixou se também me amava? 

— Jennie, chegou isso aqui para você. – um dos trabalhadores da agência se aproxima, me estendendo uma caixa na cor azul. Enrugo a testa.

— Tem algum nome de entrega? — pergunto, segurando a caixa.

— Está em anônimo senhorita. — assenti com a cabeça, o agradecendo. Deixo a caixa sobre o colo, retirando a tampa.

Observo uma carta enrolada, amarrada por um laço vermelho. Suspiro pesado, pegando-a, retirando aquele laço. Desenrolo, observando o papel preenchido por palavras.

Minha querida, Jennie...

É difícil encontrar as palavras certas para expressar o que sinto ao escrever esta carta. Chegou o momento em que precisamos seguir caminhos diferentes, e embora seja doloroso, acredito que seja a decisão certa.

Nossa jornada juntas foi repleta de momentos especiais, risos e aprendizados. Cada instante compartilhado será guardado com carinho em meu coração. No entanto, também reconheço que as circunstâncias nos levaram a tomar rumos distintos.

Os toques suaves da sua pele ainda ressoam em minha memória, e as promessas sussurradas permanecem como um eco constante. Cada estação do ano parece ter sido testemunha do nosso amor, desde os dias ensolarados até as noites de chuva, onde nossos abraços serviam de refúgio.

My Sweet MobsterOnde histórias criam vida. Descubra agora