12 | Hard to love

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3 Meses Depois

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3 Meses Depois...

Céus, Elliot! Você não consegue entender que eu fiquei a noite inteira esperando por você? Por qual motivo eu ficaria com outro cara?

— Eu não sei, Jennie, me responda você! — ele exclama para mim. Balanço a cabeça negativamente. — Exatamente, você sempre foge, e isso apenas mostra o quanto você está mentindo.

— Elliot, não somos crianças e você não é idiota, mas agora está sendo um completo. — afirmo, olhando em seus olhos furiosos. — Você não coloca medo em mim, eu pouco me importo com o que você acha que eu fiz. Eu estive aqui o tempo inteiro, então se você acha o contrário, o problema é inteiramente seu.

O rapaz assentiu com a cabeça, transparecendo estar tranquilo, porém ele ainda estava em chamas de tanta raiva. — Você sempre faz isso, sempre se vitimiza, sério, isso me irrita pra caralho.

— Você está agindo como uma criança agora. — falo, completamente indignada, balançando a cabeça. — Haja como um homem de maturidade e respeito pelo menos uma vez na vida.

Eu mal pude processar, pois quando abri meus olhos estava no chão. O sangue escorria do canto do meu lábio. A pele ardia e doía completamente. Com as mãos apoiadas no chão eu o olho de relance, percebo o arrependimento nítido em seus olhos. Ele percebeu o que havia feito. E instantaneamente se arrependeu.

— Jennie, eu... — ele perde as palavras. As lágrimas caem dos meus olhos. Outra vez, tudo se repetia, outra vez. — Jennie, me desculpe, eu não queria fazer isso.

Fecho os olhos lentamente. Respiro profundamente, sentindo meu peito doer. Eu queria gritar. Queria me espernear naquele chão. Sinto o gosto metálico do sangue, porém o limpo com a palma da mão rapidamente, levantando-me do chão. Escuto seu choro, sua respiração descompassada, porém não o olho. Eu queria que ele sentisse o peso do seu ato apenas com o meu silêncio. Queria que ele se arrepende-se ao ponto de sentir o amargo em sua boca, a culpa imensa e dolorosa em seu coração. Eu desejava que ele se arrepende-se tão profundamente que não seria capaz nem de olhar-me novamente. Caminho em direção a porta de saída, ele tentou me impedir, porém ao me tocar eu o empurrei com toda a força que se formou em mim. Descontando o pouco da raiva que eu estava sentindo. Era como se o ódio houvesse acumulado em mim em apenas um estalar de dedos.

Ele te bateu, Jennie. Ele agrediu você.

Apenas 1 minuto mudou completamente o meu pensamento. 1 minuto, mudou completamente o meu sentimento.

O ar me faltava, enquanto as lágrimas pesavam meus olhos. Eu não sabia para onde poderia ir, apenas caminhei e caminhei, seguindo qualquer direção. O gosto de sangue prevalecia em minha boca. Cubro o rosto com as mãos, sentindo as lágrimas molharem minha pele. Ele era o homem perfeito que eu já planejava construir a minha vida. Elliot era quem eu desejava para a minha vida, porém, mais uma vez eu desejava a pessoa errada.

Outra vez.

Eu aceitaria isso novamente? Eu o gostava. Era dona de um desejo e um sentimento gigantesco por aquele homem, mas em apenas 1 minuto ele mostrou completamente o caráter que tinha. Mostrou ser totalmente diferente do que em 7 meses ele foi.

Balanço a cabeça, então meu corpo paralisa completamente, respondendo apenas a minha vontade de chorar. Era tão difícil respirar, tão desesperador não conseguir sentir absolutamente nada além de angústia. Uma dor incessante no peito. Eu era incapaz de emitir uma única palavra, mas por dentro o meu corpo gritava, em uma súplica por um refúgio, por qualquer coisa capaz de me fazer esquecer os 5 minutos anteriores. Qualquer coisa que fosse capaz de me fazer pensar que foi uma simples invenção da minha mente, que pela primeira vez eu havia encontrado o rapaz perfeito que me respeitasse e jamais levantasse a mão para mim.

Que pela primeira vez, eu não precisasse ter medo de me entregar a alguém.

[...]

Encolhida no sofá o olhar de Jisoo caía sobre mim. As lágrimas acompanhavam seus olhos entristecidos e repletos de clemência.

Enrolada no cobertor, revivendo e revivendo aquele acontecimento, apenas percebendo o quão real havia sido. O quão doloroso era para mim. Houveram juras, houveram palavras de amor, mas eu já não tinha certeza se poderia haver reciprocidade da minha parte.

— Jennie... — balanço a cabeça, não deixando-a terminar. Ouço seu suspiro forte. Meus olhos agora fitavam o tapete, minha visão embaçada devido as lágrimas que havia escorrido.

— Eu pensei que ele me amava — começo, soluçando. — eu achei que ele seria diferente, sabe? Eu achei que ele pudesse ser diferente dos outros... mas eu sempre erro. — eu a olho, notando seus olhos cheios de lágrimas. — O problema sou eu? Onde está o problema se não for em mim? É tão difícil alguém me amar sem me machucar?

Questiono em uma súplica, olhando-a balançar a cabeça. — A culpa não é sua, Jennie — baixo a cabeça, secando as lágrimas. — você é perfeita, é maravilhosa, merece ser amada e respeitada, mas ainda não encontrou alguém de caráter suficiente para isso.

Faço um biquinho com os lábios, controlando a respiração.

Eu não queria acreditar que havia acontecido. Me forçava a esquecer aquele tapa, o soco. Aquela dor. O peso que eu senti no peito no momento em que ele me agrediu.

Era como se minha admiração houvesse sumido, mas eu não queria acreditar, não era capaz o suficiente para engolir que ele havia cometido tal atrocidade e perceber que o mesmo não era perfeito como eu havia imaginado, e como ele transpareceu durante todo esse tempo.

— Eu sou difícil de amar? Ou o amor não é para mim?

My Sweet MobsterOnde histórias criam vida. Descubra agora