31 | End of love

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Lalisa Manoban P.o.v

Havia se passado uma semana desde que contei tudo o que aconteceu para Jennie. Uma semana que eu não havia. Sinceramente, eu estava apavorada. Eu tinha medo que algo acontecesse com ela, mesmo sabendo que a mulher estava em segurança no meu apartamento. Eu tinha medo de que ela nunca mais quisesse me ver.

Desejo o whisky no copo, então um suspiro escapa. Sinto o copo frio em minhas mãos enquanto me aproximo do líquido que aguarda. Os lábios tocam suavemente a borda, e o gosto se desdobra, despertando meus sentidos. Cada gole é como uma jornada, uma experiência única que se desenrola em meu paladar. Fecho os olhos, permitindo que o aroma envolvente me envolva, e por um momento, a vida se resume a esse simples ato de beber, uma pausa tranquila no caos daquele dia.

Uma onda de calor começou a se espalhar pelo meu corpo, iniciando no peito e irradiando-se para membros. Cada gole parecia desencadear uma sensação reconfortante, uma mistura suave de euforia e relaxamento. O sabor persistente na boca era um lembrete constante da presença do álcool, enquanto a mente se entregava gradualmente a uma sensação leve de desinibição.

A percepção do ambiente ao meu redor começava a se transformar, as cores ganhando um brilho sutil e os sons se tornando mais suaves. Uma pontada de euforia dançava nos cantos dos meus pensamentos, enquanto a tensão do dia lentamente se dissipava. Era como se o álcool fosse um bálsamo, suavizando as arestas ásperas da realidade e criando uma atmosfera de descontração.

A campainha toca, então eu suspiro, me levantando, deixando o copo de lado. Caminho até a porta, abrindo-a lentamente.

Encontro o rosto sério de Jennie, então me surpreendo completamente. Ela estava ali, ela havia voltado. Um sorriso quase se forma em meus lábios, porém eu contenho aquela felicidade ao vê-la. Umedeço os lábios.

- O que está fazendo aqui? - pergunto friamente.

- Eu vim conversar com você. Será que eu posso entrar? - assenti com a cabeça, liberando espaço para que ela pudesse passar. Fecho a porta, caminhando até o sofá.

- Aceita algo para beber? - ela balança a cabeça negativamente. Me sento no sofá, pegando o copo de whisky novamente. Eu a olho. - Pode falar.

- A Ivy está aqui?

- Ela saiu com a Rosé e o BamBam. - Jennie concordou, apoiando as mãos em suas coxas. Tomo um gole da bebida.

- Em pensei em tudo, cada detalhe que você me disse, e antes que me pergunte eu não falei com o meu pai. - assenti. - Eu amo você, Lisa, honestamente você é a única pessoa que eu sinto que amei verdadeiramente, mas existe um impasse muito grande nesse amor, e a essa altura você já sabe o que é.

- Eu sei exatamente.

- Eu odeio meu pai desde os meus quinze anos de idade, quando eu descobri a real pessoa que ele era. O meu pai, ele mata a sangue frio, não só as pessoas que fazem um mal absurdo a ele, mas também as que vão contra ele. - suspiro, concordando. - E você pode até ser diferente do meu pai, mas você não deixa de ser uma mafiosa. Era o meu sonho ter um filho seu, mas se isso significa colocá-lo em perigo, eu sinceramente não sei se quero ter.

- Não fale isso, Jennie.

- Eu não sei se quero me colocar em perigo, mais ainda. Estar com você é sinônimo de perigo. Você entende a gravidade disso? Entende que nosso filho morreu, e eu também?

- Eu entendo, e foi exatamente por isso que eu mandei os meus capangas atrás de você. Eu restreei o seu celular, e no momento exato os mandei para buscar você. E durante 6 anos eu fiz de tudo para que a Ivy crescesse tranquilamente, sem os meus problemas afetarem ela, mas afetou, no dia em que eu decidi me envolver com você. Você não vai querer brincar de jogar a culpa em mim, porque nessa história o único culpado verdadeiramente não sou eu, e nem você, mas sim o seu pai.

My Sweet MobsterOnde histórias criam vida. Descubra agora