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Dias depois

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Dias depois...

— Não sei como eu deveria me sentir quanto a essa situação. — afirmo, correndo os dedos pela mesa vidro. Mordo o lábio, encontrando os olhos escuros de Miyeon do outro lado da mesa. — É um novo contrato, uma nova oportunidade. Apenas uma semana, mas eu não sei.

— Jennie, a quantia é alta, porém com base no que eu conheço você, não é pelo dinheiro.

Assenti positivamente com a cabeça, fechando os olhos, o embaralho de pensamentos em minha cabeça era cansativo. Tudo rodeava, porém acabava sempre no mesmo lugar.

— Análise as vantagens, é na sua cidade natal, você estará próxima da sua família, poderá ficar no seu lugarzinho em meio aos dias de trabalho. Jennie, você tem a oportunidade de lançar as suas peças e aparecer em uma revista extremamente famosa. Seria a sua primeira vez na capa da Vogue.

— Eu faria qualquer coisa para ver isso. — Taehyung comenta, puxando a cadeira para sentar-se à frente da mesa. — Jennie Kim, estrela do mundo, modelo, atriz e compositora, estilista, na capa da vogue, com peças lançadas por si mesma, uau... — ele comenta, com arrebatada animação. Sorri de canto, balançando a cabeça. Eu o olho, enxergando exatamente o que seus olhos queriam me dizer. Fecho os olhos, suspirando pesado.

— Você tem o meu apoio. — ele lança uma piscadela para mim, mostrando um sorriso. Baixo a cabeça, fechando meus olhos. Tudo sobre o que aconteceu a algumas noites atrás ainda se passava pela minha cabeça, eram como flashbacks, me causando sensações estranhas, não diferentes do que um dia eu já senti, um misto de prazer e saudade.

— Por que não para de pensar na mulher com síndrome de Peaky Blinder, e pensa em aceitar a proposta? — Taehyung questiona, com deboche, olhando fixamente para mim. Fecho os olhos com força, mostrando o dedo médio para ele.

— Quem é essa mulher? — Nayeon pergunta, interessada pousando as mãos sobre a mesa. Ela sorri.

— Ninguém, não é importante. — balanço a cabeça, mordendo o lábio em seguida.

Não era nada importante, mas a maneira como aquela mulher rodeava os meus pensamentos, tudo sempre retornando para ela, me embaralhando completamente, fazendo confusão na minha vida, no meu dia a dia.

Eu ainda não havia entendido o tipo de mulher que Lalisa era, já havia compreendido que seu coração já havia sido bastante machucado, porém não se concretizava na minha mente o fato dela ser extremamente fria e dar-se o poder de machucar os outros, tão compulsivamente, como se necessitasse disso.

A dor obviamente cega as pessoas, nos fere, trazendo uma necessidade de sentir-se curado e aliviado do que sentes. Porém não há explicações para machucar pessoas alheias.

Pessoas têm diferentes formas de lidar com a dor, porém a falta de empatia e maturidade dela me deixa injuriada. Como alguém pode machucar os outros sem sequer importa-se o grau do sofrimento que irá causar?

My Sweet MobsterOnde histórias criam vida. Descubra agora