6 | Feelings

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Acordo com a claridade, sentindo os raios de sol penetrar meus olhos

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Acordo com a claridade, sentindo os raios de sol penetrar meus olhos. Meu corpo estava cansado, e eu conseguia sentir facilmente o cansaço me dominar. Resmungo algo ao ouvir barulhos sorrateiros pelo quarto. Forço meus olhos para abri-los, encontrando a porta do banheiro entreaberta. Eu transei no banheiro? Questiono, sentindo uma pontada em minha cabeça. Fecho os olhos com força, os coçando levemente.

Direciono meus olhos para o lado, encontrando a silhueta de Lalisa de costas para mim. Ela vestia a parte de cima do seu terno. Sorri de canto, me sentando na cama, contemplando a visão que era aquela mulher. Lalisa se vira, então nossos olhos se encontram, e a tensão me prende. Seus olhos não eram vazios como na noite passada, e eu me perguntara; a mudança evidente foi pelo sexo, ou apenas pela passagem da noite para o dia?

— Eu a acordei? — balanço a cabeça. — Não queria estar aqui quando você acordasse — eu assenti. — porém, dormi mais do que deveria.

— Tudo bem. — falo. Em minha mente apenas as palavras de Jisoo ecoavam; eu deveria ser fria, como uma pedra de gelo. Tão fria que Lalisa não seria capaz de ao menos trocar palavras comigo outra vez. Tão fria que nem eu mesma conseguiria sentir o vazio e o amargor da ausência e arrogância dela.

— Eu não imaginei que você quisesse ficar. — o sorriso de canto se curva em seus lábios. Totalmente provocante, porém com uma pitada de deboche.

— Você está levando para o pessoal. — balanço a cabeça.

— Não foi eu quem decidiu transar por conta de uma recaída.

— Não foi eu quem derrubou bebida na sua roupa propositalmente, com segundas intenções. — mordo o lábio. — Estamos quites?

— Você sabe que não — pronuncio, percebendo seu olhar de desafio. Ela envolve a pulseira do relógio em seu braço, um movimento tão simples porém exercido com tanta habilidade por ela que se tornou atraente. — eu ainda não gosto de você.

Lalisa sorri de canto. Ela se aproxima rapidamente, sem importar-se com o fato de eu estar completamente nua na cama. — Sabe o que eu deveria fazer? — ela segura meu rosto, apertando minha mandíbula. — Eu deveria colocar você sobre o meu colo e espancar o seu traseiro por ser uma descarada que me provoca até que eu esteja em meu limite. — ela sussurra, agora acaricia meu lábio inferior. — Eu deveria amarrar cordas em seus pulsos e tornozelos, por tempo suficiente para que sua boceta esteja completamente molhada e exposta para mim. Foder você até que seus joelhos percam a força. — ela acerta um tapa em meu rosto, e o segura em seguida. — Eu deveria comer você de um modo tão forte que você se esqueceria completamente do seu ex, e a única imagem rodando pela sua cabeça seria a minha. E o único nome gravado em sua mente seria o meu.

Eu havia perdido o fôlego apenas ao ouvir suas palavras. Tão intensas que me atingiram em uma excitação inexplicavelmente voluptuosa. Meu corpo subia e descia, agora mais rápido, minha respiração agora mais forte. Todas as palavras me atingiram. Eu estava vulnerável para ela, completamente molhada apenas pela sua arrogância voluntária.

— Fico feliz que não goste de mim, não irei precisar lidar com seus sentimentos enquanto estiver fudendo você outra vez.

Eu havia perdido as palavras, minha única necessidade era ter em minha boca sua língua aveludada - ou o seu pau grande e grosso - tanto faz. Porém ela se afastou, deixando-me na cama, repleta de desejos e excitação. Consumida por uma vontade imensa de tê-la, dentro ou fora de mim.

— Como você consegue ser gentil em um momento, e uma completa babaca em outro? — indago. — Você não sabe o quanto é rude.

— O que te faz pensar que me importo? — mordo o lábio. Percebo um suspiro forte escapar por suas narinas. Ela estava frustrada, assim como eu, deveria ser apenas uma inconveniente noite de sexo, mas obviamente, eu estava dificultando com o meu empecilho formado em palavras repletas de intensidade, provocado por notórios sentimentos.

Lalisa se retira do quarto, guardando palavras que gostaria de dizer, obrigando-me a fazer mesmo. Eu sentia rejeição comigo mesma sentindo que ainda havia palavras a ser ditas. Uma conversa mal resolvida. Uma pugna exasperada.

Eu não me levantei, a verdade é que eu não hesitei por nenhum minuto. Ela queria que eu fosse atrás, e implorasse pela sua presença que preenchia algo em mim. Me humilhasse como prováveis mulheres que ela tem interesse. Lalisa gosta de ter o ego amaciado, porém eu não seria a próxima mulher a entrar em seu joguinho repugnante, ferindo a mim, apenas para exalta-la.

[...]

— Algum dos hóspedes transou a madrugada inteira. O barulho da cama batendo na parede ainda está ecoando pela minha cabeça. — Jisoo comentou, irritada, massageando sua cabeça levemente. Beberico o cappuccino, disfarçando completamente.

— Eu não ouvi. — Taehyung pronunciou, enrugando a testa, levando o croissant até sua boca.

— Eu também não. — minto, bebendo mais do cappuccino, tentando enfiar qualquer coisa em minha boca que impedisse-me de responder seus prováveis futuros questionamentos.

Desde a minha pequena recaída, e a minha breve conversa com Jisoo, não tocamos mais no assunto, porém eu estava ciente de que se ela soubesse que eu e Lalisa havíamos nos encontrado. Que nós transamos, e tivemos um diálogo repugnante após acordar. Ela provavelmente me mataria.

— O que você fez durante a noite? — Jisoo pergunta, olhando diretamente para mim. Levanto as sobrancelhas.

— Nada — respondo, balançando a cabeça. — sai um pouco para me distrair, porém dormi a noite toda.

Jisoo assentiu, levando um cubo de açúcar até o seu café. Suspiro pesado, olhando de relance para Taehyung. Havia curiosidade em seus olhos, haviam palavras; o que você aprontou durante a noite? Era exatamente isso que ele desejava perguntar-me.

— Vou fumar. — ele afirmou, levantando-se no mesmo instante. O olho assustada.

— Eu vou com você. — pronuncio, me levantando também. Jisoo olha-me de relance, confusa. — Há algum problema na modelo Jennie Kim fumar também? Preciso viver a minha vida.

Ela ergue suas mãos em rendição, sim importa-se. Caminhamos em direção a área externa da cafeteria, na parte detrás do local. O empecilho da vida de famoso é que; você não pode fazer algo completamente comum, principalmente no seu pais pois você é um exemplo para os fãs e etc.

— O que você fez? — Taehyung questiona, ascendendo o cigarro entre seus lábios, guardando o isqueiro em seu bolso.

— Eu encontrei aquela mulher da semana passada — falo, o olhando deixar a fumaça escapar de seus lábios. — conversamos, depois ela me levou para o hotel e nos transamos.

Taehyung sorri, tossindo devido a fumaça que segurava. Apreensiva eu apenas o olhava, com medo dos seus pensamentos ou sua reação.

— E foi bom? — ele pergunta, ainda sorrindo para mim. — Pelo o que você me disse ela é intersexo, e por ser mulher a torna bastante experiente.

Assenti com a cabeça, fechando os olhos levemente, encostando a cabeça na parede. — Olha, não é só porque ela é uma cuzona que significa que precise não falar sobre ela por medo da Jisoo. Se suas intenções estiverem focadas apenas em transar com ela, certo, frieza total com esse tipo de mulher. 

Assenti novamente, agora o olhando. — Você sempre foi um bom amigo. — ele sorri, descartando o cigarro. — Sempre foi um bom irmão. — Taehyung se aproxima, encostando sua testa na minha.

— Tô aqui sempre pra você, maninha. — sorri de canto, bagunçando seus cabelos azuis macios. — Sente algo por ela?

Me calo por um momento, suspirando pesado. Olho fixamente para aqueles olhos puxados, sentindo um
nó em minha garganta, uma negação repentina.

Absolutamente nada.

My Sweet MobsterOnde histórias criam vida. Descubra agora