22 | Dead

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Lalisa Manoban Pov

Observo atentamente a entrada daquela igreja. Suspiro pesado. As paredes externas recém pintadas. Os detalhes chamativos de ouro puro. A igreja central de Seul, uma das mais ricas, mas não pela fé que o Deus todo poderoso deposita ali, mas sim pelos negócios obscuros que fazem parte.

Caminho, adentrando aquele local cujo trouxe-me uma sensação estranha. Eu não tinha crença em Deus, em absolutamente nada, mas sempre havia um sentimento diferente quando eu pisava em alguma igreja. Um sentimento que ninguém sabia explicar.

O padre encontrava-se no altar, fazendo suas orações que provavelmente exercia todos os dias. Algumas pessoas encontravam-se sentadas nos bancos. Ajoelhadas clamando. Ignoro-as, caminhando em direção ao padre, que ao se virar encarou-me, ele sabia o que eu fazia ali.

Puxo a pistola, então aponto para ele. Os outros capangas apontam os fuzis para o homem que ergue as mãos imediatamente.

— Como vocês tem coragem de apontar-me uma arma na casa de Deus?

— Pro inferno com esse seu papinho. — falo, colocando o dedo no gatilho. — Você vai nos levar até onde está escondendo o dinheiro do seu negócio com o senhor Kim, e se pensar em me enganar, eu meto uma bala tão rápido na sua cabeça que nem seu Deus poderá salvá-lo.

O padre nos analisou de cima abaixo, receoso, ele sabia que não era blefe, mas eu também sabia o que aconteceria se eu não o matasse.

— Me acompanhem. — assenti com a cabeça. O homem começou a caminhar, direcionando-se aos fundos da igreja.

Adentramos uma pequena sala, onde havia uma porta automática. O homem digitou um código, então as portas abriram-se rapidamente. Haviam dois rapaz ali, organizando pacotes cheios de dinheiro. Umedeço os lábios. Aponto a pistola para deles. A bala penetra em seu pescoço. O mesmo no outro rapaz.

Olho para o padre, que tinha o olhar assustado. — Está com medo, padre? — falo, então estendo a arma para ele. — Pega. — ele se recusa.

— Eu não posso, Deus não me perdoaria por tal pecado.

— Pega essa merda, seu filho da puta! — colo a arma em sua mão, então a aponto para mim. — Atira! — posiciono seu dedo no gatilho. — Você não é um homem de Deus?! Que faz o que for necessário para se salvar? Aperta essa merda de gatilho.

O homem se assustava a cada palavra que dizia, transmitia um nervosismo sem fim. Então surpreendentemente ele puxou o gatilho, seus olhos se arregalaram, mas a arma estava descarregada. Ele fecha os olhos lentamente. Seu corpo relaxa imediatamente, então eu seguro a arma, gargalhando.

— Quase. — falo, sorrindo de canto. — Vocês dois, peguem o dinheiro, e levem para o carro. Eu e o padre vamos conversar rapidinho.

Os capangas assentiram, então o padre caminhou a minha frente, enquanto eu recarregava a pistola rapidamente. Adentramos uma espécie de cativeiro.

— Onde ele está? — pergunto, sorrateiramente.

— Você está fodida, sabe disso não é?

— Desde quando padres podem xingar? — debocho, apontando a arma para ele. — Você só precisa me dizer o lugar, não vamos precisar perder muito tempo com toda essa enrolação sabe?

— Mais perto do que você imagina. — semicerro os olhos.

Atiro no homem. Então me abaixo, rolando para um lugar que pudesse me esconder. Ouço os disparos que quase me acertam. Me levanto minimamente, atirando em alguns homens que adentraram o local. Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. Seis.

My Sweet MobsterOnde histórias criam vida. Descubra agora