Erro?

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POV Priscila

Saio do apartamento de Carolyna o mais
rápido possível. Eu ainda ficaria fazendo sua segurança, mas antes de tudo eu precisava tomar um ar.

Eu devo ter enlouquecido! Só pode ter sido
isso!

Caralho, é impossível não desejar aquela
boca! E agora, que sei a sensação de ter os
seus lábios colados aos meus, quero ainda
mais tocá-los. Balanço a cabeça negativamente.

Ela está me enlouquecendo!

Saio do prédio e respiro fundo.
Não entendo como Kelvin pode ter sido tão burro à ponto de trocar uma mulher como Carolyna por uma qualquer.

Falando no diabo...

- O que você quer aqui? - pergunto quando o vejo se aproximar do prédio.

- Vim ver a minha namorada! - sorri
debochado.

Rio irônica.

- Acho que não pode mais chamá-la assim.

- Bom, de qualquer forma, eu vou subir lá em cima, conversar com Carolyna e depois de ela ver que eu sou o namorado perfeito, vamos fazer um sexo bem gostoso de reconciliação. E pronto! - se aproxima de mim e sorri.– A não ser que queira detalhes da reconciliação. - ri.

Sinto meu sangue ferver e soco o seu rosto.

- Desgraçada!

O seguro pelo colarinho, fazendo-o me
encarar.

- Olha só... - rosno. - Você não merece a
Carolyna! Ela é uma garota que você, nem em sonhos, vai ter novamente. Você é um merda! - cuspo as palavras.

O solto e ele cambaleia para trás.

- E quem merece? - sorri debochado. -
Você? – ri alto. – A segurança? Uma mulher? Faça-me o favor!

- Filho da puta! – o alcanço e o chuto
fazendo-o cair no chão.

Sento em seu quadril e começo a disferir
socos por seu rosto.

- Escute o que vou te dizer! Não se aproxime dela! Nunca mais! Se eu te pegar perto dela, eu acabo com você, seu lixo tóxico. - me levanto e chuto seu abdômen.

Ele se contorce e geme de dor.

- Priscila! Que merda está acontecendo aqui? - ouço a voz de Carol.

– Carol, olha... – tento dizer.

- M-meu amor! – Kelvin diz fraco. – Você viu o que ela me fez? - Carol o olha horrorizada.

- Carol... - tento dizer mais uma vez.

- Você fez isso? - ela aponta para o babaca.

Suspiro e fecho os olhos assentindo.

- Amor, e-eu te amo!

Abro os olhos e vejo Carol agachada ao seu lado. Ela coloca a mão em seu queixo e meu coração falha uma batida.

Ela não pode...

- Escute bem o que vou lhe dizer, Kelvin! - ela fala firme. - Não ouse se aproximar de mim novamente! - ele a olha perplexo. - Agora... - ela o ajuda a se levantar cuidadosamente. - Saia daqui, antes que eu peça para Priscila terminar o que começou! - rosna.

Essa garota!

- M-mas, Carol...

- Priscila, se importaria em continuar? – ela me encara.

- Claro que não! – digo e não contenho o
sorriso.

- Não! Tudo bem! - Kelvin levanta as mãos em sinal de rendição. - Eu vou! - ele diz e sai praticamente correndo dali.

Carolyna permanece em uma postura séria
enquanto vemos Kelvin entrar em um carro vermelho, mas logo escuto sua risada
melodiosa e sorrio.

- Você viu? - ri ainda mais. – Eu achei que ele fosse desmaiar! - dessa vez gargalho.

- É, você conseguiu assustá-lo! – faço uma
careta e ela ri gostosamente.

Ela continua rindo. Suspiro.

Eu adorava tudo nela.

- Priscila? - Carol me desperta dos meus
devaneios.

Percebo que a olhava muito tempo.

- Bom, melhor entrarmos! – ela sorri.

– Carol... – ela me encara e eu fecho os
olhos, já me arrependendo pelo que eu iria
dizer. - Aquilo que aconteceu lá em cima, foi um...

- Erro? - ela me interrompe.

Suspiro.

- Por favor, Priscila! - ela ri, mas tive certeza
que não era uma risada verdadeira. – Essa
desculpa é muito clichê. Não combina com
você. - ela fica séria e segue para o prédio.
Engulo em seco e logo a sigo.

[...]

- Até mais, Lucca! - me despeço dele,
quando o mesmo chega ao apartamento de
Carol.

Eu ainda não havia visto Carolyna. Ela estava se escondendo de mim ou seja lá o que for.

- Até mais, Caliari! - ele acena com a
cabeça.

Saio de lá. Eu não conseguira parar de pensar em Carolyna. Eu sabia que dali em diante, desde o momento em que havíamos nos beijado, iria ser uma total tortura desejá-la. Eu precisava relaxar, tanto em um bom banho, como em uma boa transa.

[...]

Que droga!

Acordo mais uma vez com o meu celular
tocando. Desde que cheguei na droga do
motel ele não para de tocar.

– Desliga isso! – a morena reclama com a voz sonolenta.

- Alô? - me levanto da cama e me afasto da
mesma.

- Priscila? Onde você está? - Lucca diz.

- Não queira saber! - rio, olhando para o belo corpo da morena.

- Que se foda! - franzo o cenho. - Você está
atrasada e Carol está sozinha!

- Ela está em casa, não é? - começo a vestir
minhas roupas.

– Não, Priscila! – ele bufa. – Ela disse que iria ao Orfanato. Já era para você estar com ela. Eu insisti em acompanhá-la, mas ela disse que eu não precisava me preocupar, por que ligaria para você!

Droga! As ligações eram dela!

- Droga, Priscila! Seja lá onde estiver, é bom
trazê-la segura para casa! Já faz horas que ela saiu e já está tarde! Droga! Eu pensei que ela já estivesse com você!

Olho no relógio, eram dez da noite.

- Eu não estou afim de virar picadinho de
delegado, Priscila! Portanto, se apresse! - ele desliga a chamada.

Olho o registro de chamadas. Haviam
diversas de Carolyna e a última, foi à poucos minutos.

- Onde você vai? – a morena pergunta ao me ver apressada no quarto.

- Não importa! – visto minha roupa e pego as chaves. – Já está tudo pago! – digo e saio dali o mais rápido possível.

Entro no carro e dou partida. Acelero sem me importar com as multas que possivelmente levaria.

- Droga, Priscila! - bato as mãos no volante.

Eu bebi demais, acabei transando com aquela mulher e me atrasei para o trabalho.

Droga, droga, droga!

Finalmente chego ao Orfanato. Meu coração acelera quando vejo todas as luzes apagadas e nenhum movimento nas ruas.

- Carolyna! - grito.

Meu porto seguro - Capri Onde histórias criam vida. Descubra agora