intensidade

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POV Carolyna

Priscila apertava minha cintura e tomava meus lábios com voracidade.

Ela solta um grunhido do fundo da garganta e suas mãos passam a apertar minha bunda com força. Nossas línguas estavam entrelaçadas em um ritmo excitante. Ela começa a abrir o zíper do meu vestido.

O que estou fazendo?

O que realmente eu estava fazendo? Afinal,
se transássemos agora, provavelmente ela
fugiria novamente.

- Para, Priscila! - ela me olha confusa.

- O que... - rio ironicamente.

- Se for para transarmos e você sumir, eu
prefiro ir para casa, descansar. - digo gélida
e saio de seu colo, voltando ao banco de
passageiro.

- Carol... - ela chama.

- Vamos, Priscila! – coloco o cinto. - Quero ir
para casa! - digo.

Ela apenas suspira e dá partida no carro,
fazendo-o entrar em movimento. Eu a queria, e como queria. Eu não era o tipo
de mulher que transava e esperava algo, mas eu não conseguia entender por que eu havia ficado decepcionada com a atitude dela.

Rio internamente.

O que está acontecendo comigo?

Suspiro. Priscila e eu não trocamos uma
palavra sequer. Ao chegar no meu
apartamento, tranco a porta e me jogo no
sofá. Eu não queria entender o que Priscila tinha feito comigo. Eu sabia do que se tratava, mas era diferente das outras vezes. Era uma coisa intensa. Tento deixar esses pensamentos de lado e vou tomar um banho. Eu precisava relaxar.

[...]

Sinto alguém tocar meu ombro. Me viro e
encaro Paulo com uma cara nada boa.

- Ressaca? - pergunto, enquanto ele se senta
ao meu lado no refeitório.

- Sim! - massageia as têmporas. – Na verdade, a bebida não é a total culpada e sim aquele seu outro segurança. — bufa. - Lucca! - resmunga e mordo o lábio tentando segurar o riso.

- O que aconteceu?

- Eu estava prestes a transar com um cara
muito gato da faculdade e aquele babaca
chega, e simplesmente me arrasta para longe.- resmunga.

- E o que achou dele? – ele arqueia a
sobrancelha.

- Ah, fala sério! Ele é um idiota! - ele me olha e revira os olhos. - Tá, ele é um gato, mas um idiota!

- Sei! - rio e ela ri socando meu braço.

[...]

Havia acabado de chegar da faculdade.
Estava realmente cansada. Depois de um
banho longo e relaxante, saio do banheiro
secando meus cabelos. Ouço meu telefone tocar e o atendo.

- Alô?

- Filha? - sorrio.

- Oi, pai!

- Oi minha querida! Estava com saudades!
Acabei de chegar de uma reunião do
departamento. - ele suspira. - Bom, você virá ao meu aniversário de casamento, hoje? - pergunta com expectativa.

- Eu não sei! Sabe que Kellen e a Vitoria não
fazem questão que eu apareça.

- Você é minha filha, Carolyna! Não tem que
se importar com o que elas dizem. Você é a
minha garotinha. – reviro os olhos e sorrio.

- Não sou mais uma garotinha!

- Eu sei! - resmunga e eu rio.

- Eu vou, papai!

- Obrigado, minha filha! Traga a Priscila com você!

- Não! - respiro. – Digo, por que não o
Lucca?

- Bom, os dois irão acompanhá-la! – bufo. –
Vou desligar, filha!

- Tudo bem! Eu te amo, pai!

- Eu também, querida! – sorrio e ele encerra a chamada.

Além de comparecer à uma festa de
aniversário de casamento, em que a esposa
me odeia, eu iria ser acompanhada pela
mulher que eu não estava afim de ver
nenhum um pouco.

Ótimo.

[...]

POV Priscila

Encaro o número de telefone de Carolyna e
repenso se devia ligar para ela. Eu realmente queria ligar e explicar a minha falta nessa última semana e esclarecer algumas coisas sobre nós. Mas o medo de ela me ignorar era maior, o que me fez desistir.

Jogo o celular ao meu lado no sofá e passo as mãos pelo rosto. Eu não estava fugindo de Carol e muito menos tinha me arrependido da nossa noite. Eu só estava enlouquecendo com o fato de ela não sair da minha cabeça. Esses desejos eram
para ter acabado a partir do momento em que eu a tivesse na cama. Mas nada saiu como o esperado.

Depois de contar tudo a Allan, ele resolveu me dar uma semana para pensar em tudo que acontecera entre mim e Carol e eu pedi para ele para que não dissesse nada à Carol ou a Lucca sobre o motivo da minha falta. Eu só não esperava que fosse encontrá-la naquela casa noturna. Ela me tratou com total indiferença, mas eu não tiro a razão dela. Afinal, eu havia ficado sem dar notícia alguma por uma semana.

Depois que a vi com aquele cara, meu sangue ferveu. As mãos do homem apertavam seu corpo e aquilo estava me tirando do sério. Só de pensar naquele maldito beijo que o canalha deu nela.

Argh!

Eu não me contive e a tirei dali. Ela protestou e nós acabamos nos beijando, mas ela parou o que estávamos fazendo e depois disso me ignorou por completa. Hoje irei trocar de turno com Lucca e não
posso negar que estou ansiosa para vê-la.
Bufo e ouço meu telefone tocar.

- Priscila! – a voz imponente do senhor Borges  diz.

- Senhor Borges, aconteceu algo?

- Não, não! Quero apenas avisá-lo que
pela noite, realizarei o meu aniversário de
casamento e quero que acompanhe Carol.

- Sim, senhor!

- Avise a Lucca! Ele irá com você!

Consinto e desligo a chamada.

Que otimo!

Meu porto seguro - Capri Onde histórias criam vida. Descubra agora