Segura

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POV Priscila

O nervosismo não cabia dentro de mim. Eu
estava com medo. Medo de que fosse tarde de mais e eu perdesse minha Carolyna.

- Melhor você se acalmar, Priscila! Esse
nervosismo não ajudará em nada. - Allan diz.

- Me acalmar? A mulher que eu amo está
presa e eu tenho medo de perdê-la! – o
encaro.

Ele suspira e aperta meu ombro.

- Vai dar tudo certo!

Suspiro, porém assinto. Eu esperava que Caio estivesse certo.

Estávamos eu, Allan, Lucca, João e Lumena
no carro. Viviane nos guiava, com uma arma apontada para sua testa, até onde Carolyna, provavelmente, estaria presa.

Outros carros nos seguiam, sendo esses
policiais. Eles estavam mais afastados, para
não chamar muita atenção.

- É ali! - Viviane diz.

– Sabe que se estiver mentindo vou estourar seus miolos! - rosno e Viviane assente.

- Não estou mentindo!

Olho pra frente e vejo a imagem de uma casa velha e descuidada, sobre a grama seca. Já estava escuro e as luzes estavam acesas.

- Diminua a velocidade! – digo e Lucca
assente.

A cada segundo a casa estava mais perto e
meu coração parecia querer saltar pela boca. Lucca estaciona nos fundos da casa, com todo cuidado possível.

Os outros carros ficaram para trás, sendo
acompanhados por Roberto, que mesmo
ainda ferido, insistiu em participar do resgate de Carolyna.

- Vamos! - digo e todos assentem.

Saímos do carro e enquanto Lucca e Allan
faziam a vistoria das redondezas, eu e João
tentávamos achar uma entrada discreta para casa.

- Talvez se... - João começa a falar, mas é
interrompido por um grito grave vindo da
casa.

Olho assustado para João e logo vejo Allan e
Lucca correrem para meu lado.

- Vocês ouviram? - eles perguntam ofegantes.

Assinto e preparo a arma. Estou prestes a
entrar na casa, quando a vejo. Ela estava
desesperada e corria em direção aos fundos
da casa sem deixar de olhar para trás. Corro em sua direção e a agarro pela cintura. A aperto forte.

Finalmente!

- ME LARGA! - ela se debate em meus braços e chora descontroladamente. — ME LARGA!

- Te peguei! - sussurro, sentindo meus olhos
se encherem de lágrimas.

Ela me olha assustada, mas cede em meus
braços, chorando ainda mais. Eu a aperto em meus braços e acaricio seus cabelos, deixando que as lágrimas corressem livremente pelo meu rosto.

- Meu amor... - digo e ela soluça.

Ela olha para mim e meu coração se
aperta. Ele estava ainda mais pálida que o
normal, fazendo com que manchas roxas e
avermelhadas se destacassem em sua pele.
Estava ainda mais magra e com os cabelos
mais curtos.

- O que fizeram com você, Carol? - acaricio seu rosto, secando uma lágrima.

- Priscila...- soluça. - Me tire daqui! - esconde seu rosto em meu peito.

Suspiro.

- Priscila, Galvão estava lá dentro, mas eu não encontrei Kellen. - Lucca se aproxima.

- Ela fugiu! - Carol diz à mim temerosa.

Meu porto seguro - Capri Onde histórias criam vida. Descubra agora