O que fez comigo

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POV Carolyna

Maldito!

- Carol, onde você vai? - Priscila pergunta
quando me levanto.

- Só um minuto, Priscila! - me limito à dizer e sigo à área VIP.

- Carol! - ouço a voz de Priscila e não dou
ouvidos.

Como eu consigo ser tão burra?

Sinto a raiva tomar conta de mim. Antes que eu pudesse dizer ou fazer algo, Kelvin arregala os olhos e se afasta bruscamente da morena.

- A-amor, o que faz aqui? - ele diz de olhos
arregalados, tentando limpar os vestígios de batom dos lábios.

- Não se dê ao trabalho de se explicar, Kelvin! - digo e cruzo os braços.

- Olha, eu posso explicar! - ele passa as mãos pelos cabelos. - Olha, eu bebi demais e...

- Eu disse que não precisava se exiplicar! -
rosno. - Só quero te devolver isso. - jogo a
aliança de compromisso em sua direção.

Ameaço sair dali, mas sinto suas mãos me
impedirem. Não me viro para encará-lo.

- Carol, meu amor, vamos conversar! Olha, eu te amo, meu...

Antes que ele terminasse aquela maldita
frase, o acerto com um soco, fazendo-o
cambalear para trás e seu nariz sangrar.

- Não toque em mim!

- Vadia! - diz ainda com a mão no nariz.

- Do que a chamou ela, seu desgraçado? - ouço a voz imponente de Priscila.

Kelvin o olha assustado.

- Vamos, Priscila! - o puxo pela jaqueta e ela
relutante, me segue.

Saio da boate e sinto o vento gelado colidir
contra o meu corpo. Sinto algo ser colocado
sobre meus ombros e suspiro.

- Obrigada! - aperto o terno de Priscila contra meu corpo sentindo seu perfume.

Ela sorri. Me sento na calçada e tiro os saltos. Como um dia eu acreditei que ele seria o homem da minha vida? Idiota!

Suspiro e sinto as lágrimas molharem meu
rosto. Não por Kelvin, e sim por mim.

- Você está bem? - Priscila pergunta.
Me limito em apenas assentir.

- Vamos para casa! - Priscila pega em minha
mão, entrelaça nossos dedos e pega meus
saltos Sinto o choque com o contado de nossas peles. Suspiro. Priscila me leva até o carro.

Eu queria voltar e socar a cara de Kelvin até vê-lo desacordado, mas prefiro não sujar minhas mãos com o tipo de pessoa que ele é.

- Vai ficar tudo bem! - Priscila me desperta dos meus devaneios.

- Obrigada! - ela abre a porta do carro.

- Vamos? - sorri.

Assinto e entramos no carro.

[...]

- Pode ir para casa, se quiser. - digo à Priscila  quando entro no apartamento. - Vou ficar bem.

Você não quer que ela vá! - sério,
subconsciente?

- Eu... - ela suspira. - Posso ficar com você? -
me viro para encará-la e sorrio.

- Claro! - ela se aproxima de mim e coloca uma mexa de cabelo atrás da minha orelha.

Fecho os olhos com o seu gesto.

- Você... - pigarreia. - Você está triste por causa do Kelvin, presumo. - dou um sorriso fraco e me sento no ofá.

- Na verdade, eu estou lidando com isso
melhor do que eu imaginei. - dou de ombros. - Em pensar que um dia eu fui apaixonada por ele. - rio irônica.

- Pensei que ainda fosse apaixonada por ele.

Dou de ombros.

- Eu também achava! - suspiro. - Na verdade, acho que nunca cheguei a amá-lo de verdade.

- Carolyna... - a encaro.

Ela se senta ao meu lado e se aproxima de
mim.

- Eu comprei isso para você. - ela tira algo da sua bolsa. - Estava esperando um momento oportuno para te entregar! - sorrio.

Ela tira uma caixinha media de veludo, um
colar Prateado. Ele era delicado tinha um
pingente em forma de lua com uma pedrinha azul. Meus olhos brilham.

- Priscila, eu...

- Não diga nada! - ela sorri. - Apenas aceite!
- assinto ainda fascinada. - Posso colocar em você?

- Claro!

Fico de costas. Sinto suas mãos na minha pele e meu coração acelera. Ela coloca o colar e beija o local.

- Parabéns, Carol! - sussurra e sinto cada pelo do meu corpo se eriçar.

Suas mãos descem para minha cintura com
suavidade. Sinto leves beijos em meu pescoço e arfo com o contato.

- Priscila... - sussurro.

- Carolyna, o que fez comigo? - ela sussurra
contra minha pele.

Fecho os olhos sentindo seus lábios quentes.

- Você tem noção do que faz comigo?

Ela me vira e toma meus lábios em um beijo quente.

Droga!

Coloco minhas mãos em volta de seu pescoço e ela aperta minha cintura. Nossas línguas estavam em um ritmo erótico me deixando ainda mais louca por ela. Ela me puxa para mais perto é já posso ver o quanto estávamos excitadas.

Ela passa a dar beijos em meu pescoço e leves mordidas no mesmo. Gemo e agarro seus cabelos.

- Priscila... - sussurro.

Ela volta a me beijar com voracidade.
Se levanta, ainda comigo em seu colo e eu
entrelaço minhas pernas em sua cintura.
Ela me coloca sobre a bancada da cozinha e
diminui o ritmo do beijo.

Não!

Intercala o beijo com um selinho e fecha os
olhos com força, colando nossas testas. Ela
suspira e beija minha testa.

- Isso não pode acontecer! - sussurra.

- Priscila...

- Melhor ir dormir, Carol! - ela finalmente me olha.

- Eu...

- Apenas vá descansar, Borges! - ela diz e se
afasta de mim.

Ela sai do apartamento e eu permaneço no
mesmo lugar.

O quê?!

Meu porto seguro - Capri Onde histórias criam vida. Descubra agora