Eu gosto dela

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POV Carolyna

Sinto alguém acariciar meus cabelos e abro
os olhos, tentando me acostumar com a luz.
Priscila acariciava meus cabelos e olhava
para mim, com aquele sorriso que fazia meu coração disparar.

- Bom dia! - diz com sua voz rouca.

- Bom dia! - sorrio.

Eu estava me sentindo tão diferente. Me
sentindo... Feliz.

Ter os braços de Priscila envolta do meu corpo era bom e eu não poderia negar.

Priscila beija meus lábios levemente e volta à me olhar.

- Dormiu bem? - sorri.

- Sim, muito bem! - mordo meu lábio inferior.

- Carolyna... - repreende, subindo em cima de mim.

- O que foi?

- Você adora me provocar, não é? - passou
sua mãos até minha intimidade, fazendo com que eu soltasse um gemido baixo.

- Priscila...

– Hum... – murmura beijando meu pescoço.

Olho no relógio.

- Estamos atrasadas! – digo exasperada e
acabo o derrubando no chão sem querer.

Rio.

- Me desculpe! - me contorço de tanto rir.

- Hahaha! Engraçadinha! - resmunga e o vejo tentar segurar o riso.

- Eu tenho que ir para faculdade.

- E o Lucca daqui a pouco chega. - diz e se
senta ao meu lado. – Te vejo mais tarde? -
coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

Assinto e ela sorri de lado, beijando meus
lábios lentamente.

- Melhor eu ir! - ela diz e se afasta de mim
relutante.

- Tudo bem. - murmuro.

Ela se veste e deixa o meu quarto. Suspiro e
me jogo na cama. Sinto um beijo em meu pescoço e uma mordida.

- Priscila!

- Eu tinha que fazer isso antes de ir! - ela ri e sai do quarto, antes me dando um selinho.

Sorrio como uma idiota jogada na cama.
Priscila já tinha mexido com todos os meus
sentidos e isso era delicioso. Eu só não queria sofrer. Suspiro e o bip do relógio me faz recordar que tinha que ir para a faculdade.

O que está pensando, Carolyna? Talvez ela não sinta o mesmo por você! - meu subconsciente acusa.

[...]

Paulo me olha embasbacada e eu sorrio de sua expressão.

- Não creio! - ele diz boquiaberta. - Você
gosta dela. - afirma.

- Paulo, eu...

- Não ouse mentir pra mim! - alerta.

- Tá bom. Eu... Gosto dela! - sinto o rubor
chegar às minhas bochechas.

- Sabia. Pra quem dizia que era hétero tá
muito bem na fita. - diz convicto.

Reviro os olhos e suspiro.

- O que foi, Carol?

- Eu gosto mesmo dela, Paulo, mas ela,
provavelmente, não sente nada por mim e eu não quero sofrer mais uma vez. Não quero quebrar a cara por causa de uma amor não correspondido.

- Vai dar tudo certo, amiga! - ela sorri e dá
um leve soco em meu braço.

Assinto e sorrio fraco.

[...]

Visto minha blusa dos Beatles e me jogo na
cama para estudar um pouco. As provas
estavam chegando e eu estava disposta à me sair bem. Depois de ter estudado o suficiente, decido fazer algo para comer. Algo fácil e rápido. Coloco uma música DNCE, que reconheço sendo Cake by the Ocean e vou para a cozinha. Deixo os ingredientes em cima do balcão e começo a cortar alguns tomates.

Ouço batidas na porta e suspiro. Lavo as mãos e vou até à porta, secando minhas mãos com um pano. Não tenho tempo de falar algo, pois sou prensada contra a parede e um beijo quente toma meus lábios. A porta é fechada com o seu pé. Suspiro com seu toque em meus seios.

- Priscila... - sussurro.

- Hum...

- Calma! - rio e me afasto dela, dando passos provocantes para trás.

- Eu quero te beijar! – ameça se reaproximar.

- Nada disso! – mordo o lábio inferior. - Você vai se controlar e esperar eu terminar de fazer o jantar.

Ela passa as mãos pelos cabelos e suspira.

- Tudo bem! - ela fecha os olhos com força.
Sorrio e ando até a cozinha. - Só não me provoque! – ela diz e aperta minha bunda.

Rio e volto a cortar os tomates.

- Quer ajuda? - pergunta, tirando sua jaqueta.

- Hum... - penso. - Você sabe cozinhar? -
debocho.

– Engraçadinha! – mostra a língua e eu rio.

Reviro os olhos e volto a dar atenção aos
tomates. Cantávamos a música e eu ria com  Priscila tentando cantar alguns trechos.
Depois de uma verdadeira bagunça de
farinha na cozinha, terminamos de fazer a
pizza. Estava com um cheiro maravilhoso.
Corto os pedaços e coloco em pratos.
Nós estávamos completamente sujas
de farinha e molho de tomate.

Seria até constrangedora a nossa situação, mas estava realmente engraçada. Começamos a comer e conversar amenidades. Sua companhia era realmente boa e a cada vez que ela abria seu sorriso torto e debochado, eu ficava hipnotizada.

- Dez dólares por seus pensamentos.

Sorrio envergonhada e olho para baixo.

- Não é nada!

Ela me olhava de um jeito diferente. Sorrio.

- O que foi? - ela sorri. - Tenho que pagar
pelos seus pensamentos? – ela ri, balançando a cabeça negativamente.

Ela se aproxima devagar e acaricia meu rosto.

- Não é difícil saber! - ela direciona seu olhar para meus lábios.

Logo eles estavam juntos. Nossas línguas em um ritmo próprio e excitante. Mordo seu lábio inferior e ela grunhe. Ela se levanta e eu faço o mesmo. Ela tira minha blusa e beija meus pescoço.

- Hummm! Gosto de farinha! - caio na
gargalhada e ela me acompanha.

- Você é uma idiota! - rio.

- Que tal um banho? - me olha sugestivo.

Sorrio e acaricio o queixo, pensando.

- Bom, você se comportou direitinho. - ela ri. - Então... É. podemos ir.

Ela me pega no colo, me fazendo soltar um
gritinho e logo rir.

- Pronta, senhorita Borges? - pergunta.

Entrelaço minhas pernas ao redor de
sua cintura e ela chupa meu pescoço, me
causando arrepios.

- Com certeza, senhora Caliari! - ela sorri
de canto e entramos no banheiro.

Meu porto seguro - Capri Onde histórias criam vida. Descubra agora