Você fala demais

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POV Carolyna

Já fazia uma semana! Uma maldita semana
em que eu não havia parado um minuto
sequer de pensar em Priscila. Ela não havia
vindo trabalhar desde a nossa noite. A
noite em que eu havia me entregado à ela.
Sem medo algum! Só que não saiu como o
esperado, pois aquela babaca não saía da
minha cabeça. Essa semana em que ela não aparecera para o trabalho, me fez ter a certeza que de que ela se arrependeu do que havia acontecido ou o seu único objetivo era me levar pra cama.

Se eu havia me arrependido? Não!

Nao me arrependo de nada Suspiro e atendo ao telefone.

– Alô? – murmuro.

- Opa! - Paulo ri. – Mau humor, amiga?

Suspiro e pela primeira vez nessa semana,
sorrio.

- Me diz que já está voltando da viagem. –
peço.

- Sim! - diz animada. - Na verdade, eu já
cheguei em Nova Iorque e estou indo pra sua casa.

- Sério? - sorrio.

- Sim! - cantarola.

- Que bom! - suspiro.

- ih o que aconteceu, Carol?

- Quando chegar aqui, conversamos! - ele
concorda e eu desligo a chamada depois de
me despedir.

Eu precisava mesmo conversar. Desabafar
com alguém que eu confiasse.

Depois de alguns minutos, Paulo chegou já me questionando sobre o que havia acontecido comigo. Depois de um longo suspiro, decidi contar tudo à ele. A cada palavra dita, Paulo fazia uma expressão diferente, desde malícia à raiva e ficou até surpresa.

- Eu não acredito! – Paulo esbraveja. – Eu
sempre soube que aquele seu namorado
não prestava. – resmunga. - Agora vou ter
uma razão para usar as adagas do meu pai.
- tamborila seus dedos, mordendo o lábio
inferior.

Rio.

- Tanto em Kelvin, quanto naquela sua
segurança gata. - diz.

- Não que eu queira algo com ela, é só que,
eu... - respiro fundo.

- Ai, não! Ai, caralho! - Paulo me olha assustada e leva a mão até a boca, a cobrindo.

- O que foi? - franzo o cenho.

– Você... Você tá gostando dela? – ele ri. – Pra quem estava dizendo que era hétero tá muito bem na fita. - ele Ironiza rindo novamente.

Reviro os olhos e me levanto, negando com a cabeça.

- Tá maluco, Paulo? Até parece! - cruzo os
braços e desvio meus olhos dos dele.

- Carol, olha...

– Não, Paulo! – o interrompo. – Eu não posso e não quero me apaixonar.

Ele se levanta e vem até mim, rodeando meu corpo com seus braços.

- Nós não escolhemos quando e por quem nos apaixonar, Carol.

- Eu sei! - murmuro, soltanto um leve suspiro. - Vamos esquecer tudo isso, por favor!

Ele apenas assente.

- Que tal sairmos hoje? - pergunta.

- Paulo...

- Você precisa sair um pouco, garota!

Paulo tinha razão. Tudo bem, eu odiava lugares cheios e barulhentos, mas eu não podia me isolar por idiotas como Kelvin e Priscila.

Meu porto seguro - Capri Onde histórias criam vida. Descubra agora