Loucura

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POV Kellen

Olho mais uma vez o corpo de Carolyna
encolhido sobre a cama velha. Ela estava
ainda mais pálida e fraca, pois não comia à
alguns dias. Sorrio. Eu nunca senti tanto prazer em vê-la sofrer. Eu realmente nunca me importei com ela. Ela não era nada mais do que a filha de uma vadia e meu marido.

Eu queria entender o que Roberto havia visto naquela mulher. Eu sempre soube que os dois se encontravam e viviam horas e horas conversando sentados à uma mesa da cafeteria onde Fernanda trabalhava. Eu sabia que ele estava confuso sobre querer retomar com aquela mulher. Mas ele era meu e Fernanda entrou em meu caminho.

Depois de um tempo, Roberto resolveu me
contar sobre ela. E o pior de tudo? Ele tinha
uma filha com ela. Eu me mostrei frágil, porém compreensiva quando me contou. Afinal, tinha que conquistar novamente. Mas isso não foi o suficiente. Ele queria ir atrás daquele mulher.

Queria presenciar o crescimento de sua filha. Eu, farta, fui mais além. Engravidei, algo que eu realmente não queria, mas foi a única forma de segurá-lo e casar. Com toda atenção em mim, ele não procuraria por ela.

Mas passou-se o tempo e com toda certeza,
ele ainda não havia se esquecido daquela
vagabunda. Decidida, eu a ameacei. Ameacei à ela e a bastarda. Mas não foi o bastante. Roberto a encontrou. Meu ódio aumentou, eu mesma queria matá-la. Mas não sujaria minhas mãos com ela.  Acharia outra forma de atingí-la. Foi aí que descobri, através de um investigador, que estava com Galvão, assim como o chamo.

Tornou tudo mais fácil quando decidiu a me aliar. Então eu fiquei com a bastarda e um atestado de óbito para mostrar a Roberto que eu era um poço de bondade. O que deu certo até Carolyna ficar ainda mais parecida com sua mãe. E assim, não suportá-la não foi difícil. De alguma forma, Fernanda conseguiu fugir de Galvão e estava vindo em busca de sua filha bastarda.

Mas ela não podia fazer isso. Não
podia se aproximar de Roberto, ele é só meu! Então, resolvi tocar-lhe o ponto mais fraco. Sua filha. A sequestrei e a mesma está morrendo aos poucos. Mas logo isso acabará quando Viviane chegar. Se eu não for feliz, ela também não será. Viverá com a culpa de ter matado a própria filha, pois se continuasse com Galvão e naquela cidadezinha, eu não precisaria fazer
isso.

- Seu celular está tocando! - Galvão entrega o aparelho.

Bufo e o atendo.

- O que é Viviane? – pergunto impaciente.

- Kellen. Qual será o próximo serviço?

- Se livrar de Carolyna. Esteja aqui às nove,
como já dito!

- Sim, certo! Até mais! – se despede e eu
franzo o cenho.

Sua voz estava firme, mas era perceptível o
quanto estava nervosa.

Tinha alguma coisa errada.

- Galvão, temos que sair daqui!

- Por quê?

- Tem algo errado!

- Nã-nã-ni-na não! Eu vou esperar minha
mulher chegar e então ficaremos eu, ela e
minha filhinha juntos. Para sempre!

Esse homem era louco!

- Galvão...

- Não, não! Não vou sair daqui! - bufo.

- Me escuta...

-Se se aproximar da minha filhinha para
tentar tirá-lá de mim, eu te mato! - reviro
os olhos, levantando as mãos em sinal de
rendição.

Eu acabaria louca aqui!















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Faltam 5 capítulos para acabar a fic galera...

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