O que o futuro guarda?

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Os olhos dele sempre brilham, como se milhares de estrelas morassem em suas orbes. Quero ser a lua, estar sempre cercado por ele. Quero o ter sempre perto, tão perto, como agora, onde não há espaço para respirar em uma cabine apertada de banheiro, onde a única solução para que caibamos é o ter em cima de mim, me olhando como se eu fosse o céu onde ele brilha, e ele brilha tanto enquanto senta em mim, enquanto suspira, sussurra o meu nome, aperta o meu ombro. Ele é tão lindo assim, mordendo os lábios, me usando para saciar aquilo pelo qual ele possui fome, que é o meu corpo. Ele é tão bonito quando chega ao limite, quando me suja com o seu prazer, ri para mim culpado e depois limpa o seu estrago. E o vendo ali, em êxtase, ainda montado em mim, eu me assusto com o pensamento que poderia me apaixonar por Prem.

— Pare de me olhar assim, é vergonhoso. — Ele diz enquanto ainda passa o papel por meu abdômen.

— Você é tão lindo Prem. — Ele encarou meus olhos, não sabendo se eu estava falando sério ou não.

— Você vai mesmo bancar o romântico depois de transar em um banheiro público? — Ele ri levemente e eu mordo os meus lábios dando de ombros.

— Só estou sendo sincero.

— Claro, espero que esteja mesmo, porque se você acha que vamos fazer mais alguma coisa hoje, você está errado.

— Eu quase me sinto como um prostituto, que gentil da sua parte professor.

— Pensei que não quisesse mais formalidades.

— Não quero, só acho sexy te chamar assim. — Ele ri enquanto se levanta para colocar suas calças.

— Você realmente faz com que eu me sinta jovem, é fofo.

Reviro os olhos e o puxo pela cintura para que ele se aproxime de mim novamente. Ele apenas me encara com as sobrancelhas arqueadas enquanto eu começo a o ajudar a colocar o cinto da calça.

— Não quero ser fofo, quero ser sexy, charmoso o bastante para  fazer com que você mude de ideia, perca a cabeça,  as roupas.

— Bom, você parece muito sexy colocando o meu sinto em mim, quase me sinto empolgado para te deixar o tirar novamente. — Ele brinca e pisca para mim.

— Uau, você está realmente flertando de volta? O que houve com o papo de "Não podemos fazer isso Boun"?

— Não me provoque Noppanut, eu ainda penso assim, isso é só uma recaída.

— E quantas dessas você pretende ter, Warut?

— Mais nenhuma.

— Eu pago para ver.

Ele apenas suspira enquanto mantém o contato visual, sei que estou fazendo as coisas difíceis para ele e que talvez eu realmente seja jovem e imaturo como ele gosta de apontar, mas não posso evitar, gosto de o ter, não posso desistir disso facilmente.

— Coloque suas roupas logo Boun.

— Sim senhor!

••••

Quando chego em casa, enfim me ocorre o que fiz. Novamente cedi ao impulso, cedi a Boun, meu aluno. E mesmo que na hora sempre parece tão certo, seja tão bom e eu me sinta bem, quando acaba a culpa me vem a mente e eu me sinto nocauteado. Estou botando tudo a perder porque gosto de o ter dentro de mim, perto, em minha boca e em todo o meu corpo. Estou colocando prazer a frente do meu emprego, e não parece tão errado porque enfim estou pensando em mim mesmo, mas sei que não é porque parece certo que não é errado. Estou sendo antiético e imoral, sei disso tão bem quanto sei meu nome, e ainda sim continuo cedendo, traindo a mim mesmo ao me deixar levar por algo tão casual.

One more night Onde histórias criam vida. Descubra agora