capítulo 17

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Anna Estrella 🫀
Dia seguinte.

Encarei o Ret que estava no canto da sala me olhando.

Chefão: Anna.- Olhei para ele.- Eu preciso que você me conte tudo. Tudo sobre o Farias. Do início ao fim.- Olhei novamente para o Ret que balançou a cabeça em concordância. Estava exatamente dez homens nessa sala.

Pelo o que eu entendi. É o conselho... Mas eu não consegui... Não consegui entra. Muito menos fala.

Chefão resolveu tirar todos e ficar só nós quatro. Eu, Ret, Chefão e Pimenta. Pelo o que eu entendi, tem uma câmera me gravando. Tudo que eu disse aqui, vai está registrado.

Engoli em seco e apertei minhas mãos.

Anna: Eu tinha vinte anos quando me envolvi com o Farias...- Limpei a garganta.- Ele era um amor no início. Me tratava como ser eu fosse uma deusa... E eu amava aquilo... Eu me sentia amada... Tudo mudou quando eu fui mora com ele. Me afastou da minha família.... Começou a da palpites sobres minhas roupas e tempos depois eu levei meu primeiro tapa.

Senti a vontade de chora e limpei meus olhos para minha vista volta ao normal.

Anna: Sempre que eu dizia que iria embora. Ele conseguia fazer eu muda de ideia... Eu não sei como... Mas ele sempre colocava na minha cabeça que não era culpa dele. Que ele sofri com problemas de raiva. Que sempre que voltava ao normal, via o que fez comigo e ser arrependia. Que não era por mal... - Não consegui segura o choro.- Lembro que teve uma época que ele me bateu tanto... Mas tanto... Mas tanto... Que eu fiquei em coma por meses. E quando eu acordei, o filho que eu estava esperando...- Minha garganta fechou e eu me permitir chora. Minutos depois eu consegui me recompor.- O filho que eu tava esperando... Não conseguiu sobreviver.

Não consigo olha para eles... Me sinto suja e envergonhada demais.

Anna: Anos ser passaram e ele sempre conseguia me manipular. Na minha cabeça sempre estava que eu deveria ajuda ele, que não era culpa dele. E sim minha por sempre fazer o que ele não gostava. Foi aí que eu vi ele me traindo pela primeira vez... Quando cheguei em casa, ele me jogou da escada e como sempre fez minha cabeça. Foi aí que ele teve a brilhante ideia de fazer a festa de aniversário. Convidou várias pessoas, pessoas que eu nunca vi na vida. Dia seguinte eu vim para o baile da Rocinha. Me senti livre por um dia inteiro... Eu estava solta... Eu estava me sentindo... Eu... Ontem eu abri a boca e perguntei por que ele me traia... Por que comigo, já que fui eu que sempre estivesse ao lado dele. O mesmo surtou. Me bateu e me estrupou...- Eu não consigo.... Está doendo... Tudo está passando pela minha mente nesse exato momento.

Pimenta: Anna...

Anna: Eu consigo... ele me arrastou pelo os cabelos... Me jogou no meio da sala e começou a tira minha roupas... Lembro que ele me dava tapas e socos pelo meu corpo quando estava dentro de mim... Eu tentei grita "socorro" mas eu levei um murro fazendo eu perde a metade das minhas forças...- Abracei meu corpo e olhei para o Chefão que estava na minha frente.- Ele me mordeu... Ele.... Ele...- soluço - Ele mordeu o bico do meu peito... Ele.... Mordeu o bico do meu peito com tanta força que eu achei que eu iria morrer ali... Foi o pior dia da minha vida, Chefão...

Ret: Já chega.- Ele começou a anda até mim.- Vamos para casa...

Chefão: Isso já é o bastante...- Limpei meu rosto e me levantei.- Prometo que ele vai paga por tudo, Anna.... Só preciso sabe de uma coisa.

Ret: Chefão...

Chefão: Farias... Ele tá tramando contra nós?

Anna: Como assim?

Chefão: Ele tem agindo contra nós...

Anna: Eu... Eu não sei... Ele... Ele nunca me fala nada sobre as coisas dele. Mas tem dias que ele saia do morro. Voltava dias depois e não me dava sique notícias.

Pimenta: Sabe pra onde ele ia?- Tentei lembra de algo.

Anna: Um dia eu escutei ele dizendo para um dos vapores que iria para uma reunião. Lembro que eles disseram um nome.. Mas eu não lembro qual.

Pimenta: Albara?- Olhei para ela e concordei.

Anna: Isso... Albara...

Os três ser entre olharam.

Anna: O que foi...?

Chefão: Você vai fica aqui no morro por enquanto que resolvemos isso. Você vai fica segura.

Olhei para o Ret.

Anna: Vocês vai mata ele...?

Pimenta: Óbvio que vamos. Sei que você ainda sente algo por ele.- Desviei o olhar dela.- Mas ele te machucou, Anna. Farias nunca quis seu bem.

Anna: Ret....

Ret: Vamos.- Ele esticou a mão e eu olhei por alguns segundos.

Ret não é o Farias... Ret não me machucaria... Né?

Segurei sua mão pela primeira vez dês que estou aqui.

Saímos da salinha.

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