Anna Estrella 🫀
Faz sete meses de todo o acontecimento. Hoje é terça-feira, maioria das terças aqui é dia de pagode na praça que no final acaba em funk. Lívia já encheu o saco para ir, mas estou cansada demais.
Coloquei a mochila na costa e sai da creche. Comecei a subi o morro com o sol rachando. Comprimentei algumas pessoas e logo já estava na barreira.
Malandro: Tá metidinha em!- Olhei para o lado vendo ele sentado em cima de um muro fumando com um fuzil. Coloquei a mão na frente do rosto olhando para cima.
Anna: Vai ser joga daí que horas?
Ele riu e soltou a fumaça.
Malandro: Para de coisa... Se eu me joga daqui tu surta, me ama só não sabe dizer.
Anna: Claro... Amo tanto que se tu bate a cabeça em um poste eu nem vou percebe.- Ri, ele mandou dedo. Meu olhar caiu no Ret saindo de um beco. Ele está vestindo em uma bermuda preta, a blusa jogada no ombro e um boné. Sua pistola na cintura chamou minha atenção. Seu olhar caiu em mim, ele fez toque com o moleque e veio andando até mim, tirou a boné passando a mão no cabelo e logo colocou de novo.
Ele atravessou a rua e logo estava na minha frente.
Ret: Tá fazendo o que aqui, maluca?
Anna: Acabei de sair do trabalho. E me responde uma coisa, Malandro tem problema?
Ret: Ter ele tem, mas a gente fingi demência, por que?
Anna: O cara tá andando encima de um muro como ser estivesse sete vidas.- Apontei e o Ret olhou e riu.
Ret: Nem liga pra esse idiota.
Anna: Ele vai cai...- Murmurei e o Malandro sentou no muro e pulou fazendo eu da um leve gritinho. Ele riu junto com o Ret e outros meninos que tinham ali. Coloquei a mão na boca e fechei os olhos respirando fundo.- Vocês ainda vão me mata, sério!
Ret: Nada anormal por aqui.
Malandro: Deixa de drama, loira que não é mais loira. Ta acostumado ver os caras aí encima.
Anna: Cara... Você tava andando como ser estivesse sete vidas.
Malandro: E eu tenho. Um gato desses...- Gargalhei e o Ret revirou os olhos.
Ret: Tá mais pro...
Malandro: Deixa de inveja, Ret!
Ret: Tem nada pra fazer não? Como ir pra teu lugar.- Malandro mandou dedo e saiu indo para o outro lado da rua.
Anna: Coitado...
Ret: Vai pro pagode hoje?
Anna: Não... Estou cansada demais pra isso.- Amarrei meu cabelo e ele colocou as mãos no bolso e concordou.
Ret: Achei que ia. Lívia tava procurando altas roupas pra sei lá o que.
Anna: Eu já disse pra ela que estou sem energia hoje. Só quero minha cama...- Choramiguei e ele riu.
Ret: Sabe como é a Lívia. Não vai descansar até tu ir.
Anna: Sei disso, mas ela vai te que entender que eu não estou a fim hoje.
Ret: Dorme lá em casa hoje.- Fitei ele - Nós passamos lá no pagode já que vou te que resolve um bagulho, ai nós sobe lá pra casa.
Fiz careta e ele me puxou pela cintura e eu coloquei meus braços ao redor do pescoço dele.
Ret: Prometo que tu não vai ser arrepende.
Anna: Ok... Vai fazer massagem no meu pé?
Ret: Só depois que tu fazer um boquete maneirão.- Bati no seu ombro fazendo ele ri.
Anna: Você é um pilantra demais!
Ret: Sabe como é...
Anna: Não vai rola nada hoje. O que eu mais quero é seu carinho e a cama.
Ret: E você vai ter.- Ele me deu um selinho e eu sorri de lado.
(...)
Márcia: Ret tá aqui, Anna!- Escutei seu grito.
Anna: Já estou indo!- Gritei de volta e me olhei novamente no espelho. Respirei fundo e engoli o choro. Não sei o que está acontecendo comigo nesses últimos dias, mas eu estou me sentindo um lixo.
Não estou conseguindo me acha bonita nem um dia ser que. Talvez seja por que eu estou menstruada e os hormônios estão a flor da pele, mas cara... Tá foda!
Coloquei uma roupa normal mesmo. A gente só vai dá uma passadinha pro pagode e depois mete o pé. Não tem necessidade de uma produção inteira. Tirei uma fotinha no espelho com o flash pra ninguém ver o quão detonada estou.
Story da @daestrella.
Peguei minha mochila e sai do quarto. Logo estava na sala e observei o Ret sentado conversando com o Gabriel.Anna: Oi...- Ele me olhou e eu dei um selinho nele.
Ret: Tá gatona.- Sorri pra ele e fui atrás da minha mãe.
Márcia: Cuidado... Não faça nada que eu não faria.
Anna: Claro.- Ri.
Márcia: Eu estou gostando de ver você feliz, minha filha.- Ela me abraçou.
Anna: Também estou gostando, mãe.
Ela beijou minha bochecha.
Márcia: Agora vai lá. Me liga ser precisa de algo.
Anna: Ok...
Sai do quarto da minha mãe e voltei para a sala. Ret estavam pé rindo junto com o Gabriel enquanto segurava minha bolsa.
Ret: Pronta?
Anna: Sim...
(...)
Está bem lotado a praça. Ajeitei meu cabelo e senti a mão do Ret na minha cintura.
Anna: Preciso encontra a loira da sua irmã.
Ret: Ela deve tá perto do espertinho.- Eu ri passando meu olhar por todo aquele povo.
Anna: Você vai atrás dos meninos ou ir comigo encontra as meninas...?
Começamos a andar.
Ret: Te levo na Lívia e depois eu vou atrás dos moleques.- Procuramos a Lívia e logo achamos. Ela sambava na frente do Malandro que fumaça só encarando ela de cara fechada.
Anna: Que horror! Melhora essa cara, Malandro.
Malandro: Achei que não ia vim. Mó papo de "Tô cansada" - Me imitou e eu revirei os olhos.
Anna: Não vou fica muito tempo.
Lívia: Que bom que veio...- Me abraçou.- Pimenta deu a maluca e disse que não ia te como brota.
Anna: Sério? Tava animada pra ver ela.
Lívia: Eu também...
Ret: Vou lá, branca...- Concordei e ele me deu um selinho saindo com o Malandro que fez o mesmo com a Lívia.
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Lance Proibido
FanfictionNão tô me reconhecendo, não Pensando nela bem na hora que eu vou dormir Eu sempre disse que me apaixonar ia ser brabão Eu sempre disse que era bem melhor viver sozin.. Agora aqui tá eu pagando com a minha própria língua Você fazendo eu perder minha...