"Tell me..."

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Já estava ficando tarde de mais, já era quase meia noite e os nossos queridos professores ainda estavam trabalhando.

- Ai poxa... tou tão cansado, tirava uma soneca daquelas agora se pudesse. - Denki disse bocejando.

- Está muito tarde melhor irmos para casa. - Shoto sugeriu.

- Mas Sho, ainda há muito a fazer e... - Deku estava falando quando foi interrompido.

- Não Izu, você tem que descansar, está se cobrando muito, eu te acompanho até casa, e sem mas. - Todoroki estava muito preocupado com o esverdeado, de todos ali, ele era o que mais se culpava por causa daquele incidente todo.

- Todoroki tem razão Izuku, vá para casa, pare de se cobrar tanto ninguem lhe quer mal aqui, não se culpe tanto. - Kirishima acrescentou.

- Ta bom, ta bom, eu vou, vem Sho? - o maior concordou - Até amanhã pessoal, fiquem bem.

Os dois saíram da sala quase abraçados.

- Eles são tão gays. - Shinsou disse arrancando risadas de Eijiro e Kaminari.

- Verdade Toshi, eles são muito gays, logo logo tão se pegando por aí. - Denki não tinha lugar de fala, já que ele e Hitoshi eram iguais a Midorya e Todoroki.

- Bem, vamos Denki? Até amanhã casal. - Shinsou adorava provocar o professor de História, que por sinal tinha ficado bem corado com a insinuação.

Kaminari e Shinsou sairam deixando Kirishima e Bakugo para trás.

- Como vai para casa? Já conseguiu suas chaves? - Eijiro queria que o maior respondesse que não, ele queria tanto voltar a oferecer sua casa para o colega passar a noite, não que isso envolvesse eles se pegarem de novo, de maneira alguma.

- Ah sim, eu tinha deixado na minha sala. Nao se preocupe eu não serei um incómodo em sua casa como na noite passada. - aquilo foi dito de forma tão vaga que chegou a doer o coração de Kirishima.

- Noite passada você foi tudo menos um incómodo. - as palavras saíram de maneira tão automática quase como se fosse inevitável dizê-las.

- Ahn, o quê? - o loiro estava nitidamente atrapalhado com o comentário do menor.

- AH, ME DESCULPE!! Eu não pensei no que disse, ah que vergonha. - Eiji sentiu um toque em si.

- Como assim? - os olhos de Katsuki estava postos em Kiri, tudo em volta parecia não importar, apenas seus olhos, seus olhos eram o centro do universo. - O que achou da noite de ontem? Seja sincero.

- Eu estou... Eu... achei que... Que vergonha... - Eijiro falava com um riso nervoso em sua voz, Bakugo sabia muito bem como desconcerta-lo.

- Eiji, o que achou da noite anterior? - a mão do maior se moveu até o queixo do colega o fazendo olha-lo intensamente.

- Eu amei cada segundo, cada toque seu, não sei o que será de nós agora, mas se eu pudesse eu repetiria aquela noite todos os dias, não só a noite, hoje no banheiro também. Bakugo... eu... - Eijiro estava se aproximando da boca do maior querendo puxa-lo para um beijo quando foi parado.

- Ah Eiji, porque me você tem que fazer isso...

- Isso o quê? - o avermelhado estava muito confuso.

- Porque me faz querer mais do que eu me permito querer? - Bakugo desviou o olhar.

- O que você quer? Não fuja da minha pergunta, por favor. - Kirishima pegou na mão do professor de História.

- Eu não me permitiria, eu não consigo... eu... - os olhos do maior ficaram marejados à medida que falava.

Eijiro estava estupefacto, nunca imaginara o loiro expressando aquele tipo de sentimentos, principalmente consigo.

- Me diga por favor... Katsuki, por favor me diz de uma vez, o que passa na sua mente?

O ruivo não obteve resposta, o silêncio reinou durante algum tempo.

- Eu quero tanto te entender, quero finalmente compreender o que sente, aquilo que quer de mim. Nunca consigo ler você, eu bem tento, mas você nunca deixa nada claro. Uma vez disse que não podia por causa de algo do passado, que já tinha acontecido antes. Foi isso que aconteceu? - silêncio - Me responda por favor, confie em mim, eu gos- quer dizer, eu acho que seria bom se abrir com alguém, posso ser eu ou outro alguém. Depois da noite passada eu fico tão inseguro, não sei o que pensa, não sei o que quer, só penso que não me quer mais, que me dirá que foi um erro, mas porra, que erro maravilhoso então. Eu digo agora e sempre direi, eu quero saber como vamos lidar com isto agora, mas para isso preciso compreender você. Por favor, nada do que disser sairá daqui, minha boca é um túmulo.

- Pare de fingir que se importa. - uma lágrima caiu do rosto de Bakugo.

- O quê?

- Não é como se você se importasse realmente.

- Não ouviu nada do que eu disse?

- Ouvi, mas sei que não está querendo dizer isso, está tentando ser simpático e eu entendo, eu também não gostaria de desiludir você e... - a mão de Kirishima repousou sobre a de Bakugo o fazendo se calar.

- Você tem que parar com isso, sou sincero com minhas palavras, se não quer que essa noite se repita me diga, eu entenderei, mas se não for o caso me conte o que quer... me conte se me quer.

- Eu... foda-se...

Katsuki juntou as duas bocas num beijo calmo mas com ardor, aquele era o selar do seu desejo.

Eijiro estava no paraíso, sempre que beijava o loiro seu coração se alegrava, o vazio que sua existência podia sentir sumia, o simples olhar do professor de História empolgava seus sentidos, ele o alegrava, ele lhe trazia a vida.

Bakugo não era diferente, ele se debatia internamente a cada momento, um hora ou outra ele poderia magoar o ruivo, mas sempre que estava com ele todo medo desaparecia, nada era como ele planejava e isso era estranhamente bom, ele sempre estivera rodeado por escuridão mas Eiji era a porta que mostrava uma luz, uma luz de esperança, de oportunidade.

Os dois ali ficaram se beijando, esquecendo de tudo ao seu redor, do seu trabalho, do local onde estavam, de que ainda restavam tantas dúvidas sobre eles dois, mas isso não importava.

Eles estavam ali e só isso bastava, pelo menos por agora.

"Stop being so rude..."Onde histórias criam vida. Descubra agora