Eram agora três da manhã e Eijiro não conseguia adormecer, ele bem tentou, mas era quase impossível fazer seu cérebro parar de pensar em tudo ao mesmo tempo.
Ele se sentia muito confuso em relação ao que tinha com Bakugo. Era tudo tão novo. Ele ficava recordando toda hora aquele "Eu te amo" que o loiro havia dito da primeira vez que dormiram juntos.
"Será que ele tava falando sério. Não, não deve ser, foi do tesao da hora. É, é isso. AH MAS QUE DROGA EU NÃO CONSIGO PARAR COM ISSO!"
O ruivo que estava sentado na cama fez um movimento brusco com os braços acabando por acordar o maior que estava abraçado a sua cintura.
- Hum... O que está fazendo...? - a voz rouca de sono que Katsuki havia feito logo despertou Kirishima de seu pequeno surto interno, fazendo com que ele olhasse para o amante.
Ele era lindo mesmo sonolento, era o que Eiji pensava. A luz do luar recaia sobre sua face iluminando-a e realçando seus pontos másculos e atraentes. Eijiro estava completamente hipnótizado pelo professor de História.
- Ei! É sonâmbulo agora? - a voz de Bakugo desperta o menor de seu transe.
- Ah me desculpa, eu tava pensando...
- Pensando em que, essas horas da noite? Deixa disso, vem dormir. - o maior tenta puxar o avermelhado para se deitar mas acidentalmente acaba por puxá-lo para perto de sua boca.
Os labios ficam meio entre abertos, as respirações sincronizadas.
Katsuki, contrariando as expectativas de Eiji, puxa-o ainda mais perto e o beija com necessidade.
O beijo acaba ficando cada vez mais quente.
- Gostoso do caralho... - o loiro diz ofegante - Eu queria trancar você nesse quarto pra sempre, ficar com você, te sentir, te beijar - as mãos do maior passam por todo o corpo do avermelhado - te foder... - a voz rouca de Bakugo percorreu todo os corpo de Eijiro.
- Faz isso, faz isso por favor, eu quero que você me coma, me fode com tanta força que eu não vou nem aguentar ficar acordado.
- Você quer isso, meu amor?
Amor?
Era aquele palavra que ecoava na cabeça de Eijiro. Lembrou-se de quando, enquanto fodiam, Bakugo disse que o amava. Ele sabia que isso era constrangedor demais, mas era de madrugada, e madrugadas foram feitas para se dizer as coisas que não se dizem durante o dia.
- Você me ama? - na hora o loiro se afastou depois de ouvir a pergunta do menor.
- O que? O que disse? - o sobressalto foi instantâneo, aquilo foi totalmente inesperado, Katsuki mostrou uma expressão de quase incredulidade.
- Ahm... eu... Ah que se foda, você disse que me amava quando fodemos, tem sido carinhoso comigo, me chama de amor, e eu... - Eijiro deu um longo suspiro antes de continuar - eu estou farto de sinais confusos, por isso, eu quero saber, você me ama?
O quarto caiu no silêncio total. Os olhos de Bakugo estavam confusos, diversos pensamentos passavam em sua mente e nenhum deles parecia fazer sentido. O louro se levantou.
- Ok eu nao devia ter dito isso, me desculpa, por favor, podemos fingir que isso nao aconteceu...? - Kirishima parecia que poderia começar a chorar em qualquer momento.
- Eu tenho que ir... - o professor de História começou a se vestir.
- Você vai embora porquê? Me desculpa é sério. Eu... eu... eu tou confuso é da madrugada não precisa ir embora. - o menor estava de joelhos na ponta da cama virado para o maior que ainda se vestia.
- Eu não posso ficar aqui, isto foi uma péssima ideia. - a voz severa do loiro ecoou pelo quarto quebrando o coração de Eiji.
- Como assim uma péssima ideia, do que está falando? - Kiri se levantou indo até o colega.
O avermelhado se aproximou pegando no rosto do maior com as duas mãos fazendo o outro olhar para si.
Os olhos do professor de português estavam marejados, as lágrimas estavam se acumulando em suas orbes.
- Não vá embora, por favor. - a voz chorosa se fez presente.
Os olhos de Bakugo estavam fixados no de Kirishima, doía o coração só de ver o menor chorar.
- Eu não posso ficar, as coisas nao podem continuar assim, me deixe ir. - o maior se soltou de Eiji, caminhando até a sala.
- Está tarde - Eijiro o seguia - fique aqui, de manhã podemos resolver isso, por favor.
Katsuki já tinha pego suas coisas e estava se dirigindo até a porta, quando sentiu seu corpo se travado pelo abraço do menor.
- Não vá embora, não deixe as coisas assim. - o de cabelos vermelhos falava desesperado se agarrando ainda mais ao maior.
- Me solte! Me deixe ir! Você não precisa de mim, apenas me deixe... - Bakugo começava a querer chorar mas se segurou o melhor que pode.
Logo o professor de história se soltou dos braços de Kiri, deixando o outro sem chão.
Quando foi a abrir a porta um choro alto seguido de um grito foi ouvido.
- Você sempre faz isso! Me toca, me beija, diz que me ama, que eu te deixo louco, dorme comigo, para logo em seguida me deixar de novo! PARA DE BRINCAR COMIGO, EU NÃO SOU UM BONECO QUE VOCÊ PODE USAR AS VEZES QUE QUISER! VOCÊ SABE O QUE SENTE E VOCÊ TEM MEDO DE ADMITIR! ADMITA QUE GOSTA DE MIM, PARE DE ME FAZER ACREDITAR SE NÃO FOR A VERDADE! Me ame... para de me deixar por favor... - o choro era incontrolável.
- Eu não posso, eu já devia ter acabado com isto logo no começo.
- É TUDO O QUE TEM A ME DIZER?! DEPOIS DE TUDO ME DIZ ISSO? VOCÊ NÃO TEM CORAGEM PRA NADA, SE FINGE DE DURO, DE MORALISTA, MAS NÃO PASSA DE UM COVARDE SEM CORAÇÃO! - os berros poderiam acordar o prédio inteiro mas Eijiro estava pouco se fodendo. - ADMITA QUE EU SOU SÓ SEU BRINQUEDINHO SEXUAL DE UMA VEZ POR TODAS! JÁ CHEGA DE ME ILUDIR, DIGA LOGO QUE NÃO VALHO NADA PRA VOCÊ!
- ISSO NÃO É VERDADE!! PARE DE FALAR O QUE NÃO SABE! VOCÊ NÃO ME CONHECE, VOCÊ NAO SABE O QUE EU SINTO!!
- ENTÃO ME DIZ DE UMA VEZ POR TODAS, EU ESTOU FARTO DISSO! ME DIGA SE GOSTA DE MIM!
- EU GOSTO E NÃO É POUCO E É POR ISSO QUE NÃO POSSO CONTINUAR AQUI! - e com isto Bakugo saiu fechando a porta, deixando Kirishima completamente destruído.
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"Stop being so rude..."
FanfictionEijiro Kirishima é um professor de Português que adora sua profissão e seus alunos, porém se há outra coisa que o faz levantar todos os dias e ir para a escola é o seu colega de profissão, Katsuki Bakugo, um professor de História que sempre fora rud...