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Harry se sentia melhor, muito melhor. Seu tratamento com remédios havia lhe gerado um grande alívio, se levasse em conta seu estado anterior.

Já havia voltado a comer com frequência e frequentar outros pontos do presídio.

Havia sido poupado do trabalho na lavanderia por um tempo, mas a dois dias já havia voltado a sua rotina normal.

Nessa manhã havia acordado junto a Louis e ambos se puseram a realizar a higiene básica antes que fossem para os chuveiros. E naquele meio tempo...

— Amor — Harry suspirou, os cílios tremendo sobre as suas bochechas levemente coradas, enquanto tinha o corpo de Louis sobre o seu.

O moreno distribuía beijos lentos em seu pescoço e um pouco mais abaixo, acomodado entre as pernas de seu parceiro.

— Louis, alguém vai chegar — este esboçou um sorriso pequeno, ao sentir a barba alheia fazer cócegas em sua pele de seu pescoço.

— E? — murmurou sobre a pele macia — todo mundo sabe que é meu, não vejo porque seria problema alguém nos ver.

— Você é tão exibido — riu, lentamente passando seus braços pelos ombros de Louis. Seus lábios voltaram a se juntar de maneira lenta, até mesmo manhosa por parte de Harry.

Louis deslizava sua mão pela lateral do corpo de Harry, acariciando sua cintura e quadril lentamente, apertando vez ou outra a pele delicada.

Seu outro braço estava apoiado ao lado da cabeça do garoto.

— Poderia ser mais exibido que isso... — sorriu sobre os lábios de Harry.

— Tenho medo de perguntar — disse vagamente, seu polegar fazia carinho na bochecha alheia, seu narizes tocavam-se na ponta.

— Se você me deixasse te foder nos chuveiros... — o moreno comentou, encolhendo seus ombros — com todo respeito, é claro.

— Louis — este gargalhou.

Era bom vê-lo radiante novamente. Tão alegre.

Contar a Louis sobre as coisas que havia passado lhe deu um alívio, e Louis ter acreditado nele e o apoiado, lhe deu ainda mais esperanças.

Alguém realmente se importava com ele.

— Não sei como transar em frente a vários presos seria respeitoso, docinho — disse, se inclinando para deixar um beijo nos lábios do homem.

— Você tem vergonha?

— Não — deu de ombros — mas eu não sei se seria legal ter vários homens ouvindo meus gemidos.

— Pensando bem, acho que eu iria ter ciúmes — Louis resmungou — a não ser que você estivesse gemendo meu nome.

— Amor — Harry revirou os olhos — posso pensar no seu caso?

— Tudo bem — acenou, voltando a inclinar a cabeça e deixar beijos na mandíbula de Harry — mas você acha que rola ao menos uma mamada?

— Para alguém que disse que não precisava de sexo, você parede muito desesperado — riu.

— Isso foi antes de você montar em mim naquele dia e prometer que era muito bom fazendo oral.

— Eu estava em busca de calcinhas e shampoos — se defendeu.

— E é bom lembrar que eu nunca vi você nas calcinhas — mencionou.

— Sempre tem uma primeira vez — Harry sorriu — se você for calminho, eu vou usar aquela de coração cor de rosa.

CELA 028Onde histórias criam vida. Descubra agora