Mais 5 minutos

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        Era isso que eu falava desde criança, mas 5 minutos antes de levantar, tomar banho e ir para o inferno pessoal do caos que era a escola, nunca estendia o porque de ter tanta criança em um só lugar correndo e a rotina entre dever na sala de aula e dever de casa estarem tão distribuidas juntos com brincadeiras, mas eu amava o jardim de infância.

      É uma pena que tenha apenas uma vaga memória daquele lugar onde passou a ser meu segundo lar, tinha até um parquinho, eu gostava de deitar na areia daquele parquinho e olhar para o céu sempre que podia. Nunca me preoculpei se estaria sujando meu uniforme branco com calça azul escura, tinha outras crianças que costumavam a ser meus amigos, mas uma em especial se tornou uma amiga e nunca me largou Karina.

       Karina era uma garota gentil que não media esforços para ter as coisas e as pessoas do lado dela sem precisar manipular só o jeito dela era simpatizar com as pessoas e criar laços com elas, ainda no jardim de infância participava de tudo quanto era evento proporcionado pela escola, de apresentações de peças teatrais, ensaios de dança, e projetos relacionados a algum país e sua cultura.

      As coisas eram dificeis em casa com os meus pais, eu não suportava o jeito que eles brigavam e no outro dia fingissem como se nada estivesse acontecendo mas eu percebia o olhar de dor da minha mãe quando ela tentava em vão esconder de mim e fingir que era uma família perfeita.

     Eu lia constantemente todos os dias as expressões da minha mãe. Apesar de ter uma idade de 5 anos eu sabia que doía ver a minha mãe daquela forma e não saber como ajuda-la a se sentir bem, meu pai Vicent não é um cara que eu goste de mencionar, mas é do tipo que não liga pra família.

     Vicent é do tipo que não se importa se vivemos ou morremos, pra ele era apenas um tanto faz.

     São apenas de 5 minutos a 15 segundos que a vida de uma pessoa muda até quando cresce os traumas aparecem e a dor do passado volta pra te atormentar te lembrando que nunca vai embora não importa o quanto expulse sempre volta em dobro pronto pra empurrar voçê do precipicio até atingir em queda livre até a sua morte passar entre um borrão ao outro atingindo o chão com força.

      Na escola tentava relaxar, nunca em hipotese alguma cheguei a contar oque acontecia em casa pra nem um educador e muito menos pra assistente social porque de acordo comigo não gostava de estranhos xeretando a minha vida pessoal.

       Então fui levando a vida... Não empurrando com a barriga e isso foi antes de tudo mudar de o mundo se tornar um gingantesco cubo indecifravel e com minha capacidade de resolve-lo.

       E assim fui seguindo.

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   Estou respirando fundo Vicent nunca foi um bom marido, mas enfim é assim mesmo para a maioria das famílias.
   É assim que começa e é assim que termina.

Lembranças do passado(Avatrice)Onde histórias criam vida. Descubra agora