Corpos a aquecer. Corpos numa explosão calorosa. Corpos unidos pela química que os rodeia.
As roupas postas de lado. Meros instrumentos de distracção.
Um beijo repleto de paixão nos lábios.
É como se nos conhecêssemos desde sempre. A forma como os nossos corpos se completam e encaixam um no outro. Fomos feitos para isto. Feitos para este momento efémero.
Quero conhecer e dar-me a conhecer ao teu corpo.
E o meu corpo desliza para baixo, lentamente. Suavemente.
Lá vai ele, à descoberta, explorando sem pudores o teu frágil e inocente corpo.
O calor aumenta. A respiração acelera.
Não há tempo desperdiçado, perdido. Perdemos apenas a noção do mesmo.
Os meus lábios e a minha língua percorrem o teu corpo. Todo ele.
Sem existirem segredos por descobrir.
Os meus pequenos dedos dedilhando pelo teu corpo, perdidos nele.
A ponta da língua mexe ao mesmo tempo que te contorces, como se fossemos um par de dança, executando pequenos passos da forma mais perfeita e completa possível.
O fim aproxima-se, consigo senti-lo, sentir-te.
Toda a excitação dos nossos corpos à flor da pele.
Damos voz aos nossos desejos, à nossa falta de controlo momentânea.
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Ego
Non-FictionO que sou em pedaços de papel, em linhas tortas escritas por aí. A alma diz olá, o coração diz adeus. A mente acorda. Eu apenas eu, nestes textos sou eu, e se um dia deixar de ser eu, retornarei aqui, àquilo que um dia eu fui.