A minha alma lacrimeja
Procura um sentido
Nesta vida de voltas e voltas
Montanha russa do meu ser
Alucinação sem pausas.
Sou incompreendido
mas não compreendo
ninguém nem o porquê
de algum dia ter pensado
que isto fazia sentido.
Não pretendo que isto seja difícil
A vida não o é
Apenas pretende ser.
A vida é a mais perfeita fingidora
Que um dia, delicadamente, se sentou
Especada a olhar para nós
A controlar os nossos mais pequenos
movimentos, mesmo os sem emoção.
Assusto-me com isso,
com a forma como a minha vida me controla.
Sofro de uma, sem fim,
ataraxia e apatia.
Não sinto, nem me permito sentir
Atirei os sentimentos
Para o fundo do meu oceano
E fugi.
Corro, corro sem parar,
Não me lembro há quanto tempo estou a correr,
tenho medo de parar.
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Ego
Non-FictionO que sou em pedaços de papel, em linhas tortas escritas por aí. A alma diz olá, o coração diz adeus. A mente acorda. Eu apenas eu, nestes textos sou eu, e se um dia deixar de ser eu, retornarei aqui, àquilo que um dia eu fui.