Oiço a corrente ao fundo.
Oiço o bater nas pedras.
Que perfeita metáfora que se adequa à vida.
A corrente sendo ela mesma, a vida.
As pedras as dificuldades que irrompem,
de surpresa, à nossa frente, vindas do nada.
Na verdade, nem sequer somos a corrente nem as pedras
Somos um fio de água e um grão dessa mesma pedra.
Não somos nada. Somos mero átomo.
Somos pequenos, mas não inúteis.
Um dia iremos explorar essas estrelas e galáxias
que se encontram por esse universo fora
e iremos achar isso normal.
No nosso dia a dia não nos lembramos disso
Lembramos-nos das trivialidades que nos afligem
as complicações com pais, amigos, namorados
Parece tudo tão sério e problemático
Parece não haver um pequeno momento de descanso,
mas ao olhar para cima,
vemos o céu, constantemente repousando,
pouco se mexe mas está em todo o lado,
o contrário de nós,
frenéticos, andando de um lado para o outro,
mas os sítios onde vamos são um mero passo para o céu.
Brincadeira de criança, a minha escrita
Ingenuidade contemplada por um pequeno dom
de escrever maturidade.
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Ego
Non-FictionO que sou em pedaços de papel, em linhas tortas escritas por aí. A alma diz olá, o coração diz adeus. A mente acorda. Eu apenas eu, nestes textos sou eu, e se um dia deixar de ser eu, retornarei aqui, àquilo que um dia eu fui.