A persistência da vida (corre, corre!).
Onde está o motivo porque nasci? (foge, sai daqui!).
Procuro-me no mundo e na mente, tudo deixa de fazer sentido.
Perdi-me (encontra-te!).
Não sei onde estou, o objectivo de tudo, não sei nada.
Esse nada consome-me (Não tenhas medo!).
O medo, a angústia, a desilusão estão nas minhas entranhas. Alimentam-se de mim.
Desfazem todas as partes de mim como se fosse mero boneco de porcelana.
Procurei-me durante demasiado tempo. A força evaporou-se.
O desejo de viver está na arma que seguro.
A mão treme. Tenho medo. As vozes desapareceram.
É agora.
Sinto o cano a tocar na cabeça. Está frio. Todo eu tremo.
Os segundos parecem minutos. O meu dedo quase no gatilho (Força!).
Elas voltaram!
BAM!
(Sim. Finalmente. Encontrei-me)
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Ego
Não FicçãoO que sou em pedaços de papel, em linhas tortas escritas por aí. A alma diz olá, o coração diz adeus. A mente acorda. Eu apenas eu, nestes textos sou eu, e se um dia deixar de ser eu, retornarei aqui, àquilo que um dia eu fui.