A maldição de ser artista
Enraizada em mim, que a carrego.
Uma dor no fundo do meu íntimo
Que manipulo para meu deleito.
Descobri como usar o triste fado que a minha vida se tornou
Numa amálgama de soberbos textos
Libertando todas as minhas emoções em eloquentes palavras
Na tentativa de libertar esta ânsia que me corrói interiormente.
Escrevo, escrevo sem parar, para mim e sobre ti
Tu foste-te, mas nestes versos ficaste
A eterna memória da cicatriz que em mim deixaste
Agora sou eu, solitário do meu ser
Usando a escrita como o ombro em que me apoio.
Bebi do poço que a arte é, como se do diabo se tratasse
Ao invés da alma, vendi a felicidade.
Caminharei eternamente neste palco fatídico
Até mais não poder.
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Ego
Non-FictionO que sou em pedaços de papel, em linhas tortas escritas por aí. A alma diz olá, o coração diz adeus. A mente acorda. Eu apenas eu, nestes textos sou eu, e se um dia deixar de ser eu, retornarei aqui, àquilo que um dia eu fui.