O meu débil corpo.
O meu frágil e inútil corpo. O meu -não posso andar sem me cansar- corpo.
Sujeito à dor física. Sujeito aos caprichos da dor vinda do coração. É mero escravo dele e da mente.
Mantém-se para nos sustentar. E em troca castigamos-lo. A cobaia perfeita para as nossas experiências momentâneas. O recipiente sem fim.
É o exemplo perfeito dos seres humanos. O eterno masoquista que sofre e corre atrás.
Até ao dia em que se cansa, pára, e não corre mais. Deixa de ser o nosso escravo, para ser o nosso dono e nós obedecemos. Vamos com ele. É o fim de uma longa amizade, ou escravidão.
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Ego
Non-FictionO que sou em pedaços de papel, em linhas tortas escritas por aí. A alma diz olá, o coração diz adeus. A mente acorda. Eu apenas eu, nestes textos sou eu, e se um dia deixar de ser eu, retornarei aqui, àquilo que um dia eu fui.