Permite-me beber-te
Deixa-me saciar
os meus desejos
as minhas necessidades
num gole do teu ser
Refresca-me a boca
e o corpo
com o teu cheiro a morangos
Perfume da tua pessoa
que me deixa arrepiado.
És álcool para mim
Meu vicio sem fim
Fico zonzo contigo
Sem saber para onde vou
Prometi a mim mesmo
que não voltava a beber de ti
e aqui me encontro eu
bêbedo, e perdido,
paixão alimentando-se
do teu sabor.
És a metáfora
de uma garrafa de sangria
que bebo para me consolar
pela tua não presença
E o paladar desaparece
E o olfacto evapora-se
E eu encosto a cabeça
à parede
e tomo mais um gole.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ego
Non-FictionO que sou em pedaços de papel, em linhas tortas escritas por aí. A alma diz olá, o coração diz adeus. A mente acorda. Eu apenas eu, nestes textos sou eu, e se um dia deixar de ser eu, retornarei aqui, àquilo que um dia eu fui.