Álcool

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Permite-me beber-te

Deixa-me saciar

os meus desejos

as minhas necessidades

num gole do teu ser

Refresca-me a boca

e o corpo

com o teu cheiro a morangos

Perfume da tua pessoa

que me deixa arrepiado.

És álcool para mim

Meu vicio sem fim

Fico zonzo contigo

Sem saber para onde vou

Prometi a mim mesmo

que não voltava a beber de ti

e aqui me encontro eu

bêbedo, e perdido,

paixão alimentando-se

do teu sabor.

És a metáfora

de uma garrafa de sangria

que bebo para me consolar

pela tua não presença

E o paladar desaparece

E o olfacto evapora-se

E eu encosto a cabeça

à parede

e tomo mais um gole. 


EgoOnde histórias criam vida. Descubra agora