capítulo 18

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- To nervoso.

Rio de sua cara, estávamos no aeroporto esperando meus avós. Finalmente chegamos no Brasil e eu estava muito, muito animada para apresentar tudo para ele.

- Você vai se dar bem aqui.

Passo minha mão por suas costas em um tipo de carinho. Estávamos no aeroporto de Guarulhos, meus avós iam nos buscar e íamos direto para Guarujá, onde nossa família tem uma casa de praia. Íamos ficar duas semanas, na primeira semana a casa seria praticamente só nossa enquanto que depois os parentes iam começar a chegar para festa de final de ano. Tínhamos de ir embora dois dias antes do ano novo.

Esperávamos sentados em uma sala mais afastada, para evitar a baderna la fora, tinha alguns fãs com cartazes entre outros, mas foi nos passado para não tumultuar e tentar ao máximo passar invisíveis. Não tínhamos comentado com ninguém da viagem e as fotos só poderiam ser postadas depois.

Por sorte a casa era bem reservada, de frente para o mar, em uma parte mais afastada e residencial. Em volta era praticamente tudo mato.

- Quero te apresentar o Rio de janeiro algum dia. Passear em São Paulo também, ir na Bahia, pro sul, nordeste...tem tanta coisa que podemos fazer - falo animada já pensando.

- Prometo que sempre que tiver alguns dias de férias te levo para onde quiser - segura minha mão e deixa um beijo. Sorrio meio afetada, meu coração acelerando.

Sei que já deveria estar acostumada, mas depois que admiti e me deixei gostar dele...Pablo era esforçado, sempre deixava uma flor para mim, todo dia, do lado da cama. Estava sempre com algum presentinho para mim, um chocolate, um bilhetinho, um docinho...enfim. Eu adorava preparar nosso café da manhã, colocava as flores que ele me dava de enfeite e os utensílios que comprei para nossa casa, eram bem estilo vovó mas eu adorava. Amava mesa de café então caprichava e achava a parte mais importante do dia para nós. Começamos o dia juntos.

Das vezes em que eu ia para minha casa meu celular não parava de mensagens de saudade, das poucas vezes que brigávamos ele me dava rosas brancas.

(...)

Finalmente chegamos na casa de Guarujá, passei a viagem toda rindo de meus avós tentando conversar com Gavi, servi de tradutora mas não pude deixar de me divertir com a situação. Já era madrugada, entramos com as malas e demos boa noite aos meus avós, subimos para onde seria o quarto. Era uma casa bem grande, feita na intenção de receber a família toda. No primeiro andar sala, cozinha, sala de jantar e alguns quartos, um quintal enorme e muito gostoso com piscina, área de churrasqueira e várias redes. No andar de cima um mini salão de jogos, sala de TV e mais quartos.

Entro no que eu sempre usava com algumas primas, tinha uma cama de casal e um armário grande. Arrumamos as coisas bem rápido e já fomos dormir. A graça de verdade começaria no dia seguinte.

Acordo com o sol na minha cara e Gavi roncando bem perto do meu ouvido. Sorrio esticando os braços, dava pra sentir o cheiro do mar.

Levanto animada, coloco um pagodinho na caixinha de som e já vou trocar o pijama por um biquíni branco.

- Acorda Gavi - pulo em cima dele que resmunga me abraçando pela cintura - vamo curtir a praia, tá um dia de sol.

- Que horas são?

- 7h.

Escuto seu suspiro e seus olhos de abrem, me sento sobre sua barriga, "camisa 10- turma do pagode" começa. Seus mãos vão para minha cintura e seu olhar não sai do meu corpo.

- Pode me acordar de biquíni todos os dias.

Reviro os olhos sorrindo.

- então levanta.

untied shoelace - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora