CAPÍTULO 11 - ANTÔNIO.

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Beijar Alice me levou ao céu da mesma maneira que me levou ao inferno, porque porra, inferno de ereção que um simples beijo havia me causado. Não era a primeira vez que eu ficava duro por conta dela, já perdi as contas das vezes em que isso aconteceu involuntariamente quando fomos em algum lugar com piscina, ou das vezes que fomos pra praia juntos e Alice com seu desempenho de uma porta que sabe apenas boiar ficava na minha frente dentro do mar e a bunda roliça no biquíni pink fio dental que Donatella havia insistido para ela usar na nossa última viagem a Angra dos Reis, lembro como se fosse hoje aquele dia.

[...]
- Amiga qual o teu problema? - ouvi Donatella brava dentro do quarto enquanto Alice resmungava meia dúzia de palavras em um inglês de dicção perfeita.
- Você sabe como eu me sinto em relação ao meu corpo Donatella, qual o problema em usar o biquíni que eu trouxe? - suspirou.
- Amiga o problema é que ele parece uma fralda geriatrica - ri - Tu vai querer que os boy daqui vejam tu usando isso? - começou a palhaçada da Donatella em arrumar um macho pra Alice, sem necessidade. - Tu tem que botar essa bunda natural e linda que Deus te deu pra jogo amiga.
- Merda viu. - jeitinho Alice Meirelles de ser, pensei rindo. - Me dá isso logo antes que eu desista.

Como uma criança fofoqueira corri na direção do meu quarto e encostei a porta devagar esperando as duas saírem do quarto, nem dez minutos depois elas saíram com a Alice reclamando como uma velha, sai logo atrás disfarçando e por mais que o corpo da Donatella fosse lindo, nada me preparou ou fez meus olhos desgrudarem da bunda branca da Alice no fio dental rosa pink em evidência em sua bunda. Eu tinha certeza que minhas pupilas estavam dilatadas tal qual as de uma criança com um pote de doces, senti a ponta dos dedos formigarem tamanha vontade de apertar aquela bunda linda. Era um modelo de cortininha e amarrado dos lados, a bunda empinada e redonda me chamava e eu me sentia atraído como se ela fosse um imã.
- Caralho. - resmunguei atrás dela automaticamente. - Onde você vai assim Alice? - toquei sua cintura a fazendo parar no meio do caminho.
- Não fode, sapato. - Donatella usou meu apelido, ela me olhava desconfiada como se soubesse o que se passava na minha cabeça. - Tu sabe que ela precisa mostrar mais, os caras na praia vão ficar doidos, daí. - alfinetou.
- Nem fodendo. - resmunguei.
- Nem fodendo o que Antônio? - virou-se e então fui golpeado. Os seios empinados eram cobertos por um minúsculo pedaço que pano pink, eu tinha total certeza que estava vendo a beirinha da auréola do seio rosada escapando pela lateral do biquíni de cortina que fazia par com a parte de baixo. Esfreguei a mão na barba me sentindo frustrado e soltei um longo suspiro audível. Alice me encarou por segundos em silêncio e saiu andando, Donatella por sua vez soltou seu veneno.
- Sabe amigo. - disse se aproximando, a sobrancelha erguida a me encarar. - Quando tu for babar mais na bunda ou nos peitos dela, traz um babador e tenta controlar isso daí. - apontou para baixo. Instantaneamente abaixei meu rosto e encarei o volume entre minhas pernas. Donatella gargalhou alto e saiu rebolando indo de encontro a amiga.

Eu sabia das inseguranças da Alice, sabia que usar aquilo era difícil pra ela, sabia que ela se sentiria mal e então me adiantei em me colocar do seu lado quando vi ela colocando um short, a segurei pelo pescoço - ela odiava, sempre que eu fazia isso, dizia que não era galinha pra ser pega pelo pescoço e eu simplesmente amava o fato de imobilizar ela só em segurar a área com a ponta dos dedos, era foda sentir ela parar por mim - e a impedi de terminar de colocar o short. Aproximei a boca do ouvido dela e ela fechou os olhos.
- Você tá boa pra caralho Alice, não vai colocar roupa nenhuma. - sussurrei. - Hoje você tá comigo.
- Larga de ser ridículo. - falou se soltando e me mostrando a língua.

Saímos dali os quatro - Frederico estava do lado de fora da casa - em direção a praia que dava na casa que havíamos alugado e fomos em direção a praia. De mãos dadas com a minha melhor amiga caminhei em direção a praia, os olhares nela eram imediatos fazendo eu me sentir puto pra caralho em ter incentivado ela a não usar nem um paninho que cobrisse aquela merda.

[...]

- O que você está pensando, Antônio? - Alice chamou minha atenção com a voz suave perto do meu ouvido.
- Em como você fica gostosa de rosa. - virei o rosto em sua direção.
- Antônio a gente precisa conversar. - respirei fundo setenta vezes e senti o coração palpitar. Concordei e então ela prosseguiu. - Que porra é essa de "eu te amo" e de me beijar Antônio Carlos? VOCÊ ESTÁ EM ALGUM TIPO DE SURTO E NÃO ME AVISOU? EU TENHO "NAMORADO" - fez aspas enquanto tentava controlar o tom alto da voz.
- Namorado o caralho Alice, o caralho. - me soltei dela puto pra caralho.
- E o Gabriel é o que meu?
- Aí é problema teu Alicinha. - respondi. - Inclusive liga e termina logo, cansei dessa merda. Quando você sair daqui comigo hoje mais tarde, você vai tá cem por cento solteira Alice e eu vou poder fazer com você o que eu quiser. - falei sério. Vi ela engolir a seco e respirar fundo.
- Antônio... - sussurrou e eu neguei com a cabeça.

Eu queria mais dela, eu não iria me contentar a ser apenas o melhor amigo que a beijou em um momento de surto e não ser mais nada além disso. Eu queria muito mais dela. Do gosto, do cheiro, do beijo, do toque e eu não iria sossegar enquanto isso não acontecesse.

Quem De Nós Dois #DocShoeOnde histórias criam vida. Descubra agora