CAPÍTULO 16 - ALICE.

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Havia uns quarenta minutos que eu estava de olhos abertos encarando o teto branco do quarto que eu já havia perdido as contas de quantas vezes eu havia dormido ali com ele, dessa vez era diferente, diferente porque não só a cama bagunçada denunciava a mudança, mas o clima também havia mudado, estava muito mais frio do que eu esperava. Minha pele arrepiada entregava todos os receios que eu tinha no meu coração. E se aquilo desse errado? E se depois de provar do que a gente tinha mais vontade, nossa relação se resumisse a aquilo o que tivemos durante a noite? Se resumisse a gemidos, palavrões e gozadas?
Sentia meu coração taquicardico com tantas questões explorando o lado mais fundo da minha mente, girei o rosto e encontrei um Antônio dormindo com a expressão serena, expressão essa que eu só encontrava depois dele bater muito em alguém em alguma luta e ele chegava no ápice do cansaço físico e mental e apagava, mas dessa vez a expressão dele era diferente das outras as quais já vi, sentia a paz dominar toda célula de seu corpo e me senti feliz por saber que aquilo fora proporcionado por mim, mas eu também não queria perder aquilo, não queria perder o meu melhor amigo. Depois do meu pai, Antônio era sem dúvidas o homem que eu mais amava na vida, sem virgula e sem nenhum ponto final, eu o amava com cada músculo meu, cada célula era dele e apenas dele. Então por que eu sentia tanto medo de perde-lo?

Sem me mexer muito escorreguei para fora da cama, juntando as peças de roupa espalhadas pelo chão caminhei em direção ao banheiro do quarto, ajeitei as roupas na bancada de mármore e sem ao menos me dar ao trabalho de acender a luz me enfiei embaixo do chuveiro quente. Com os olhos fechados deixei com que a água quente levasse toda e qualquer dúvida em mim, era isso ou eu surtaria em cima da cama com o homem que me venerava como se eu fosse única - e talvez eu até seja -, mas isso não era o suficiente para que meus medos fosse embora.

Senti a presença dele assim que o ar gelado tomou conta do box do banheiro, sorri ainda de olhos fechados quando suas mãos seguraram minha cintura e me puxaram para a parede de músculos atrás de mim.
- O que houve linda? - questionou enquanto passava as mãos na minha barriga.
- Pensando pensamentos. - falei o fazendo rir.
- Me diga, o que te faz pensar tantos pensamentos?
- Nós dois. - saiu como um sussurro, um suspiro escapou dos lábios dele como se no fundo esperasse por aquilo vindo de mim. - E se eu perder você, campeão? - perguntei. Não ousaria virar para encara-lo até que eu tivesse certeza de que aquilo era seguro o suficiente para olhar nos olhos dele.
- Você não vai me perder. - afirmou. - Nem se quisesse Alice. - suspirei. - Você quer? - neguei rapidamente. - Então por que você acha que isso aconteceria?
- Se eu falar você vai se chatear ou vai me escutar? - sondei.
- Eu vou te escutar. - apertou minha cintura. Seu quadril se encaixou no meu e senti sua ereção dura contra minha bunda, suspirei com o contato.
- E se isso for só vontade? A gente já matou Antônio. E se isso estragar o que a gente tem? Depois dos meus pais, você é o que eu tenho de mais importante. - choraminguei.

Suas mãos escorregaram para a minha lombar, Antônio me empurrou levemente em direção a parede a nossa frente e me fazendo apoiar com as mãos na mesma, inclinou meu corpo levemente para frente. A mão direita subiu pela minha coluna até ele me segurar firmemente pelo pescoço, puta mania feia que ele tinha de me pegar desse jeito, mas que me deixava totalmente inerte a ele. O pau duro feito pedra escorregou para o meio da minha bunda, a mão esquerda firme no meu quadril espalmou num tapa estalado na banda da minha bunda, choraminguei com o ardor na minha pele, ficaria marcado com toda certeza.
- Você acha que minha vontade de você passou Alice? - rebolou contra a minha bunda, a cabeça escorregava entre meus grandes lábios e se eu empurrasse a bunda pra trás entraria na minha boceta. Neguei como resposta. - Quero ouvir a sua voz Alice. É isso o que você acha?
- Não... - gemi. - Não acho isso.
- Então por que sua mente tá te levando pra esse lado? - perguntou. A mão que antes espalmada na minha bunda agora estava no próprio pau, ele pincelava minha entrada, sua lubrificação se misturava com a minha e me arrepiava.
- Você não tem medo... - gemi. - De me perder?
- Porra. - suspirou. - Pra caralho Alicinha! - gemeu quando a cabeça do pau escorregou na entrada da minha boceta. - Tenho medo todos os dias ao longo desses três anos. - seu corpo tombou sobre o meu, me cobrindo. Desci uma das mãos até minha boceta e acaricie meu clitóris inchado de tesao. - Eu tenho medo pra caralho. - sussurrou no meu ouvido.
- Então agora você me entende, não entende campeão? - empurrei a bunda pra trás, senti a cabeça inchada do pau entrar devagar em mim, contrai a boceta fazendo ele gemer em meu ouvido. Nota mental: o gemido rouco de prazer que ele dava era o meu som favorito agora.
- Você não vai me perder. - sussurrou e eu rebolei escorregando devagar em seu pau duro feito pedra. - Não faz isso Alice. - gemeu. - Porra, fode meu pau Alice! - pediu. A boca desceu até meu ombro dando beijos ali.

Nunca fui de obedecer ordens, mas quando ele me pediu aquilo a única opção que tive naquele momento era fazer o que ele havia pedido. Escorreguei para trás indo até a base do pau dele, gememos juntos enquanto as duas mãos juntaram no meu quadril me abraçando. Comecei a me movimentar apoiada na parede para frente e para trás, gemia baixo com a respiração descompassada, Antônio beijava meu ombro e subia para o pescoço, juntava a boca no meu ouvido e me chamava de "filha da puta gostosa do caralho", pedia para eu não parar e eu não parava, rebolava com vontade e contraia em volta dele, sentia como se minha boceta estivesse sendo rasgada por dentro, ardia todos os músculos, cada parte e era a dor mais gostosa que eu já havia sentido.

- Você é minha! - rosnou. Antônio investia pesado agora na minha boceta, entrava e saia com rapidez e força, o sexo era duro em meio a declarações de amor, ele não me deixaria nem se eu implorasse e eu não o deixaria nem que a morte nos separasse, eu era inteira dele e ele tinha razão quando dizia isso.
- Sua. - gemi quando minha boceta se contraiu em volta dele. - Eu sou sua.
- Filha da puta! - o rosnado alto e primitivo saiu da boca dele, Antônio mordeu minhas costas e me colou na parede quando deu dois passos com o pau todo dentro de mim. Meus seios colados a parede gelada me fizeram gemer alto, com o rosto virado de lado vi de relance a expressão de prazer quando ele explodiu dentro de mim e me levando junto no orgasmo. Gemi alto sentindo tudo de mim virar um orgasmo forte, os olhos fecharam automaticamente com o choque que senti.
- Nunca mais pense que eu vou deixar você Alice. - colou a boca na minha orelha. - Eu não vou.

Nem eu!

Quem De Nós Dois #DocShoeOnde histórias criam vida. Descubra agora