A Antiga e Nobre Família Prince II (capítulo revisado)

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Depois de aparatar em um beco escuro próximo de casa, Severus e Tobias se viram em um lindo bosque. Ele emanava uma energia mística estranha, mas estranhamente reconfortante.

Haviam flores brancas seguindo por todo caminho marcado pelas rodas de uma possível carruagem, e a luz do Sol que acabara de nascer no horizonte passava de mansinho pelas folhas das árvores, iluminando o rosto do jovem mestiço com a delicadeza precisa de beijo de bom dia, assim como os que sua mãe o dava todas as manhãs. Seria, sem dúvida alguma, uma visão de tirar o fôlego. É claro, se Tobias não estivesse vomitando em um arbusto próximo.


-Não temos tempo para os enjoos desse trouxa, vamos. - Exigiu o avô enquanto segurava o braço de sua elegantemente esposa e começava a andar, deixando para trás um pobre jovem cuidando de seu pai enjoado.


Não demorou muito para que entre os carvalhos e pinheiros antigos, surgisse a imponente visão da suposta "Mansão Prince", que para Severus se parecia muito mais com outra coisa.


-Aquela história de castelo era verdade mesmo?!- perguntava em um sussurro para seu pai, que encontrava-se na mesma situação que ele, sem conseguir desviar o olhar do topo da colina.


-Eu apenas estava espelhando tudo aquilo que sua mãe falava, mas eu sempre pensei que ela estava apenas exagerando um pouco as coisas. Nunca pensei que a casa de verdade fosse...

-Vamos lá, esse parece o castelo da Cinderela, não tem como ser verdade!


-Vocês dois aí. Pretendem ficar trancados do lado de fora o dia inteiro? - questionou Crio enquanto aparava em frente a um portão.


Ele era enorme e reluzia intensamente como prata recém polida, e continha um majestoso "P" lindamente esculpido em seu centro, onde o patriarca encaixou um anel que carregava em sua mão direita, destrancando-o como um enorme cadeado.

-Você terá um anel como esse logo, logo. Assim que oficializar sua posição como herdeiro. - garantiu Cassiopeia sorrindo estranha para Severus, enquanto "discretamente" o separava de seu pai e segurava seu braço com a desculpa de precisar de ajuda para caminhar. Tobias foi logo deixado para trás pelos três bruxos, não se arriscando a se meter entre eles depois do olhar ameaçador de Crio, que mostrou-lhe a varinha empunhada como uma espécie de aviso. O antigo operário apenas observava as flores do jardim.

Jardim este que era belíssimos e bem cuidado, com moitas esculpidas como na forma de cisnes, que batiam as asas e balançavam suas cabeças para os visitantes, enquanto os reais cines repousavam no lago cristalino um pouco mais longe da entrada.

-É o animal totem da nossa Casa - esclareceu a senhora e mais uma vez, Severus apenas concordou.

Quando finalmente chegaram ao salão de entrada, Severus ficou ainda mais boquiaberto (se é que isso era possível), o teto parecia tão alto quando um prédio, e possuía o mesmo feitiço de Hogwarts de refletir o céu lá fora, mas parecia funciona de uma maneira tão mais... Majestosa. Era difícil definir seu encanto, o adolescente sentia-se minúsculo perante aquela grandeza.


-Se continuar com a boca aberta desta maneira vai acabar com um besouro preso em sua garganta. - advertiu o avô, fazendo com que o mais novo imediatamente fechasse a boca.


-Você decididamente precisa aprender algumas boas maneiras... Vivendo com a ralé por tanto tempo, não poderia ser diferente, eu suponho. Mas nada o que algumas aulas não resolvam, certamente! - garantiu Cassiopeia ajeitando as vestes do neto, que a esse ponto estava ainda mais desconfortável.


-An... Com licença. - chamou Tobias sendo encarado de maneira quase mortal pelo casal de idosos, que já haviam esquecido de sua presença ali. - Eu ainda estou me sentindo meio tonto pela nossa "viagem". Será que poderiam me mostrar onde fica o banheiro?

Redenção de Tobias SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora