Capítulo 13: Ela

367 59 2
                                    

O relógio marcava as oito horas da manhã, e nada, absolutamente nada, nem um sinal de Sungchan, Jaehyun andava de um lado para o outro naquela casa, estava apavorado, já não sabia mais para quem ligar, estava tão preocupada que a qualquer momento sentia que seu coração iria parar.

Vinte ligações no celular, não sabia quantas mensagens já havia mandado, mas nada, nem um sinal de vida. Jaehyun estava prestes a ligar para a polícia quando a porta da sala foi aberta pelo mais novo, sua cara de sono era notável. A tranquilidade em seu rosto dizia que acabará de acordar.

-Sungchan, onde caralhos vocês estava, e porque não atendeu minhas ligações, você sabe o quão preocupado eu fiquei?

As lagrimas em seu rosto diziam que o mais velho não mentia, por mais frio que Jaehyun fosse ele amava Sungchan mais que tudo nesse mundo.

-Eu fui na casa do Dodo Hyung, acabei dormindo lá, meu celular ficou sem bateria.

Jaehyun estava sem reação, seu irmão nunca dormiu consigo, mas foi para a casa de um desconhecido dormir lá?

Inveja, talvez era esse o sentimento que passou pela cabeça do mais velho.

-Ah, channie, que bom que você apareceu, estávamos tão preocupados.

A voz daquela mulher ressoava pela sala, era irritante, causava ânsia, asco, repulsa.

-Ah, tenha a santa paciência, não me enche tá, aposto que você amou que eu fiquei longe, e outra, nunca mais me chame assim.

-Sungchan. Por Favor não começa.

-Argh, vá se fuder você também.

Sungchan, subiu as escadas e seguiu trancou em seu quarto, não queria falar ou muito menos ouvir ninguém, apenas pegou sua toalha e ligou a água.

O box do banheiro estava todo embaçado pelo vapor que saia do chuveiro, aquela água quente escorria pelo corpo alheio, era uma sensação de alívio, como se tudo de ruim fosse levado pela água, ralo a baixo.

-toc toc toc.

Nada, silêncio total.

-toc toc toc.

-O que você quer?

-Abre aqui Sung, precisamos conversar.

-Eu não tenho nada para falar.

-Mas eu tenho, então abra logo essa porta.

A contra gosto, Sungchan vestiu uma boxer branca e abriu a porta para o mais velho. Jaehyun sentou-se na cama vendo o irmão revirar o guarda roupa.

-Pode começar, estou ouvindo.

-Quando que você vai parar com isso? Essas atitudes infantis, você já não é mais uma criança channie, sempre que a Rose está em casa, parece que essa casa vira um campo de guerra, eu esperava mais de você, sinceramente.

Sungchan respirou fundo, ele já havia passado tempo demais calado. Hoje Jung Jaehyun iria escutar.

-Olha Jae, eu estou cansado, você sabe, eu sei, todos sabem, ela só está com você por nome, nos somos os Jung, nossa pai é dono da maior empresa do país, todos querem o que temos, ela não te ama, nunca amou e nunca vai amar, ela é a pessoa mais fútil e falsa que eu já conheci em toda minha existência, ela te trata como um cachorro bem adestrado, ela só sai com você quando ela quer e só para gastar, e outra, quantas vezes vocês já terminaram e voltaram?

Sungchan falava tudo que estava preso em sua garganta, estava cansado de fingir costume.

-E o pior, você realmente gosta dela? Na verdade nem me importo com ela, me importo com a nossa família, mamãe e papai nunca estão em casa, essa maldita mansão está sempre vazia, e você age como se só ela existisse, e quanto a mim, você diz que estava preocupado, que mandou um milhão de mensagens, mas é só ela falar algo que você esquece que o mundo lá fora existe. Você acha que ela é a garota certa pra você, e adivinha, ela não é, Rose não ama ninguém, talvez a pessoa certa esteve aqui o tempo todo só você não viu, eu estou cansado de tudo, e principalmente de você, eu estou cansado do Jung Jaehyun o FratBoy, só queria o Yoon Oh, meu irmão mais velho, mas cada dia que passa você se parece ainda mais com o papai.

Aquelas palavras eram como facas bem afiadas, machucavam, Jae nunca imaginou que o irmão pensa-se assim, e vê-lo daquela forma. Doeu, doeu muito.

Jaehyun abraçou o mais novo, que ali chorou, chorou como se o mundo fosse acabar, a camisa que Jae usava agora estava encharcada pelo choro alheio.

Jaehyun tentou tanto ser diferente do pai, que a cada dia que passava se tornava cada vez mais igual a ele.

E isso doía, nada pior do que ser comparado com o seu pai, esse que é o seu pior exemplo.

-Me desculpe Channie.

Naquele momento Sungchan percebeu que Jaehyun o amava mais que tudo nesse mundo.

Esse capítulo é sobre o significado do amor.

Se for amar, ame com todas as forças..

Missão Como(Não)Conquistar o Garoto Popular (DOJAE)Onde histórias criam vida. Descubra agora