Capítulo 14

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Já tinha passado da hora de expediente, mas ainda estou aqui porque sou obrigada a terminar tudo antes de sair. O Sr.Brutamontes ainda não saiu... está trancado na sala desde a hora do almoço!

Já são 7 da noite e não sei como farei para chegar a tempo em casa e me preparar, e mais tarde conhecer a mãe do Russo! Isso é uma loucura e com certeza não terminará mal!
O pai dele já sei que é um completo mal-educado! E se a mãe for pior, não guardarei desaforo todo!

Bato na porta do Sr.Russo, porque é assim que tratarei, agora e espero que ele dê permissão para entrar. Bato várias vezes sem paciência alguma.
- Entre! - grita
Entro e quando encaro sua expressão séria, fria, sedutora de cortar respiração olhando pro nada, me arrepio toda. Ele estava em pé, com o corpo encostado em sua mesa.

- Boa noite. Sr.Russo! Já vou!
Pronuncio as palavras rápido demais... o que se passa comigo? Por que estou nervosa?

- Por favor, feche a porta e se aproxime - ele ordena e engulo a seco
Quem ele pensa que é para me dar ordens?!

- Como disse, Já estou de saída! - digo firme

- Pensei e o melhor será te preparares em minha casa! O jantar será lá e prepararemos juntos!

Olho para ele perplexa e sorrio sem muito humor - não... não foi isso que combinamos!

Falo me aproximando dele - então o quê foi que combinamos? - pergunta cínico

- Combinamos que vou para minha casa e vais me pegar lá!

Ele ergue uma sobrancelha - combinamos que vais fingir ser minha namorada! E independente do que combinamos há umas horas, o importante é estarmos juntos hoje!

- Okay! Como queiras! - digo grosseira - mas antes precisamos passar na minha casa para pegar umas roupas para mim...

- Não precisamos, vamos comprar em uma loja!

- Acredita, última coisa que quero é estar em dívida com o Senhor

- Será um presente pelo favor!

- Muito obrigada, mas não posso aceitar! - digo solene - Não estou fazendo um favor, tudo é um meio que encontrei para brevemente me livrar de uma vez por todas do Senhor!

Ele fecha os olhos por segundos como se tivesse pedindo paciência - Como queiras! Mas vamos perder muito tempo!

- Então não percamos mais tempo! - me viro e não dou mais que um passo porque sou puxada pelo Senhor Brutamontes que une nossos corpos - me solte agora! - ordeno com os dentes serrados

- Sinto falta do seu toque... - ele confessa, mas ao contrário de outros homens que estariam com a expressão de cachorrinho molhado, ele mantém sua postura imponente e seu rosto sério.

- Não sentiste quando decidiste me trair! - respondo e tento puxar meu braço - Nunca vou perdoar-te e fique sabendo que tudo isso me magoa muito! - falo me contendo para não chorar

- Me desculpe... eu não lembro de nada!

- Não peça mais desculpas! Vamos nos apressar!
Finalmente ele me solta e novamente volto a respirar.

Fomos até a minha casa e escolhi um vestido de alça preto decotado comprido até os pés e umas sandálias brilhantes.
Não demorei a pegar minhas coisas e partimos rumo a casa do Russo. Uma casa completamente moderna e nunca vira pessoalmente uma com paredes vidradas! Acho que esse tipo de casas só funciona para rico e deve ser construída bem longe da cidade, imagina só o vizinho ter acesso a tudo que fazes com facilidade?

Ao entrarmos no terreno constato que tem guardas por todo lado a controlarem a casa.

- Sua casa é muito linda e moderna! - reparo na sala espaçosa é bem arrumada
As cores da decoração era preto, cinza e branco. Me jogo no sofá preto de veludo todo bem limpinho e cheiroso que nem o dono!

- Quem me dera ser esse sofá!

Sorrio sem ânimo - fique sabendo que você teve sua oportunidade - passo por ele - agora vai ficar na vontade - sussurro próximo ao seu ouvido.

- Não me provoque...

- Falando em provocações é o seguinte, - paro frente a ele - se tentar beijar meus lábios soco seu rosto e esqueça do acordo!

- Você que manda!

(...)

Senhor Russo está preparando seu prato italiano super chique e eu estou preparando uma receita coreana de frangos fritos agridoce picante... fiz uma vez porque amo assistir doramas! Segundo ele, seus pais são muito chiques, tanto que não vão comer.

- Sua comida está cheirosa... - comento enquanto mergulho os frangos no trigo - espero que seus pais odeiem meus frangos deliciosos, assim não irão sentir saudades quando esse nosso namoro de mentira terminar

- Acredito que não porque ninguém vai provar mesmo - dá de ombros enquanto coloca a tal pizza Napoletana no forno

- Acho incrível a capacidade do rico querer se diferencial das receitas de pobres manipulando nomes - jogo frango na frigideira - essa pizza com nome chique é a mesma tradicional de mussarela!

- Mussarela derretida! - corrige e me sinto ofendida

- Viu?! Falei! Você acabou de descontextualizar!

- Claro que não... - ele responde calmo se aproximando de mim. Minhas costas batem no balcão e sinto minhas pernas trêmulas por conta da proximidade. Em um movimento rápido ele me ergue e me coloca sentada no balcão, abre minhas pernas e se pões no meio delas... ele desfaz o nó do meu coque e deixa meus fios caírem até meu ombro e não me movo, me mantenho estática... o que se passa comigo? Por que não reajo? Ele fixa seu olhar carregado de luxúria em mim - como vou aguentar toda tua gostosura e não poder tocar? - sussurra rouco. Gemo quando ele puxa meus cabelos para trás e começa a chupar e morder a curva do meu pescoço - gostosa... só não posso beijar sua boca, não é mesmo? - murmura próximo a meu ouvido. E sinto seu sorrido travesso na curva do meu pescoço.

Reunindo forças, empurro ele e desço do balcão - eu já fiz o molho, depois que terminares de fritar todo frangos despeje! Vou me arrumar - falo nervosa e saio da cozinha na mesma velocidade da luz.

Como ele ousa? Idiota!

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