Capítulo 3

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- Ainda bem minha filha, Graças a Deus esse homem generoso vai ajudar a gente. - Liguei pra madre superiora a explicar que hoje não vou passar no orfanato porque vou falar com esse tal de Russo.

- Amém... Eu vou ligar quando terminar a conversa com o Seu Russo.

- Está bem, passe bem o dia e que Deus olhe por ti

Sorrio - sempre, obrigada...

Ela encerra a chamada e solto um longo suspiro. Fico pensando se será uma boa ideia aceitar essa proposta... sinto como se estivesse a vender minha alma, esse homem não me transmite paz... Ainda não o vi,mas estou com um mal pressentimento...

Eu não tinha muita opção do que vestir para a entrevista... Sê que posso chamar de encontro no restaurante de um hotel numa "entrevista"...

Optei por vestir um vestido a executiva, que Molly me deu. Ele é de um tom azul vibrante, com um cinto que deixava minha cintura fina perfeitamente marcada. Minhas ancas estão ajustadas no vestido e é tudo tão sexy...

Perdi a conta de quantas vezes tirei o vestido do corpo, e me repreendi por achar muito chamativo, e perdi a conta de quantas vezes voltei a pôr porque não tenho mais roupa.

Finalmente, calço minhas sandálias rasas,coloco batom vermelho e faço um coque.

Saio do flat apressada, com a bolsa pressionada contra a cintura. Chamo um táxi e mostro a localização... Tenho tantas perguntas pra fazer nesse tal de Russo! Inclusive, de quais são as verdadeiras intenções dele.

Nunca confiei em homem nenhum, sei muito bem que para muitos o interesse numa mulher se resume a uma atração sexual, e digo o mesmo pra mulheres, umas só ficam com alguém se sentem palpitações na vagina. Eu acho muito normal,mas não acho certo querer ficar com alguém que você nem de sonhos imagina um dia formar uma família, um lar... Tudo bem, é biológico, eu sinto! Todo mundo sente! Mas dá pra controlar, acho que se eu não controlasse, ainda hoje me ia masturbar e ontem passaria a noite numa boate e ia foder com o primeiro homem que me fizesse sentir "palpitações na vagina". Não julgo quem faz, mas também não concordo.

- Senhora, chegamos! - o motorista me avisa. Fiquei perdida nos meu pensamentos, que nem ouvi o senhor!

Pago e o agradeço dizendo que pode ficar com o troco, mesmo falida sou generosa! Não perco uma só chance para aumentar minha  miséria!

Estou nervosa, e assustada... minhas pernas suam e meu corpo aquece. Tiro de minha bolsa meus óculos escuros, e caminho pra dentro do hotel. Eu não conheço esse tal de Russo,mas quando cheguei um garçom me perguntou meu nome e quando falei, me dirigiu até a minha mesa. De longe eu não via muito, e com os óculos ainda menos...

Mas deu pra ver que tinha um Moço todo bem vestido de uma camisa preta e todo elegante com relógio no pulso... Seu cabelo é castanho e está preso todo pra trás...

O homem estava mexendo no seu tablet e sua expressão não era nenhum pouco amigável, tiro meus óculos enquanto me aproximo e sem querer reparo na tatuagem que ele tem na costa das mãos... Uma serpente ...

- Senhor... - o garçom diz quando chegamos e aquele homem olha pra mim, e nesse exato momento meu coração falha uma batida... Aqueles olhos azuis, e vibrantes me encaravam com tanta intensidade, como se já me conhecesse tão bem...

Ele se levanta sem desviar seu olhar penetrante do meu, e em seus lábios se curva um sorriso de canto... Como se tivesse vencido algo...

Russo vem até mim, se põe atrás de mim e puxa a cadeira onde me vou sentar

- Carolina Albuquerque... - ele murmura próximo ao meu ouvido e sinto...medo...

Respiro fundo  e me recomponho - O trato de Senhor Russo? Ou tem outro nome?

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