Vicente:
— Sabe o mais engraçado disso tudo,é que eu ainda vou vê-la por mais 9 dias. – Digo contando tudo de ontem pro Rafael e ele ri.
— Não é o fim dos tempos se ela te der abertura,isso entre vocês vai rolar,apesar de nem eu saber o que tá rolando.
— Relaxa,que nem eu sei,ela pareceu toda sem graça por recusar,mas também sempre deixa eu flertar com ela,isso tá me deixando maluco.
—Você ainda tem nove dias de conquista e eu vou ver se pego informação com a Verônica. – Diz e eu rio ladino.
— Vocês tão firme desde quando?
— Honestamente,a gente não sabe,só foi acontecendo e no final a gente tá junto. – Diz e eu rio porque queria que comigo fosse fácil assim.
— Mas e o pedido não vem não?
— Vem,mas depois,eu hein tá com pressa pra que? - Diz me jogando a a primeira coisa que vem pela frente e eu rio. — Mas falando sério,você gosta mesmo dela né? - Pergunta e eu me encosto na cadeira.
— Apesar de não ter tanto tempo,eu tô curtindo muito ela,eu acho que esses dias de conquista vão servir pra mim também. – Digo e meu amigo parece me entender.
— E você já falou com o Gab?
— Por incrível que pareça antes de eu sair com a Luiza,antes até de eu estar na praia na aula,ele me ligou como normalmente a gente fazia e o assunto acabou indo pra ela,eu honestamente fiquei muito sem graça,porque po é a irmã dele,mas eu me expliquei como se ele fosse o pai dela e ele entendeu e pareceu que ia até me ajudar.
—Isso sim me surpreendeu.
— Exatamente,eu pensei honestamente que ele estivesse me sacaneando,mas ele não tá e eu tenho certeza,a questão é como ele vai me ajudar se nem a Luiza tá ajudando. – Digo e meu amigo ri.
—Não ri não,porque enquanto ela não dizer um não bem grande na minha cara,eu vou conquistá-la até o fim.— Rapaz...,eu te admiro e honestamente eu acho que ela ainda vai te dá uma chance. – Diz levantando e batendo no meu ombro e saindo do quarto.
Luiza:
—Tá,então você finalmente vai parar de se esconder atrás dessa sonsidez? – Pergunta Alicia e eu reviro os olhos.—Não é sonsidez,eu tava sendo cautelosa,vendo se ele não é um idiota,se ele respeita as pessoas e até se ele não é um ignorante em pautas sérias. – Digo e minha amiga me encara.
— Isso é até importante,mas só para quem pretende namorar e não só beijar na boca sabe... – Diz e eu atiro uma almofada dela entendendo sua insinuação.
— Tão engraçada.
— É o que dizem.
— É? E sabe o que também dizem,ou melhor perguntam, quando que você vai dar uma chance pro Allan? - Indago e ela enfia a almofada no próprio rosto e eu tiro a almofada da mão dela. — Viu? Você também ta se escondendo atrás da sua sonsidez.
— Não é isso...aí sei lá também,eu nem sei se gosto dele. – Diz e eu a encaro.
— Você por acaso já deu alguma chance de olhar ele de forma diferente? – Pergunto,mas ela apenas me encara sem dizer um A.
— Tá,eu entendi,quem sabe. – Diz e eu rio fraco porque uma hora Alicia baixaria a guarda e tenho certeza que Allan acabaria ficando com ela.
— Só não demora e acaba ficando sem a possibilidade e olha que isso serve para nós duas. – Digo e ela me encara pensativa.
[...]
No resto do dia depois do trabalho Vicente tinha dito que queria me ver e se eu estava disponível,não sei porque mais algo curioso cresceu em mim e eu fiquei bem animada de pensar em vê-lo.
Então depois do trabalho eu encontro Vicente na calçada onde o carro dele tá parado do lado e ele sorri ao me ver.
— É já posso dar um confere numa mais melhores paisagens que eu vi hoje. – Diz e eu rio.
— Nem deu oi e já tá me cantando. - Digo e ele afirma sem nenhuma vergonha na cara,ele passa pro outro lado da porta e abre para eu entrar e assim faço.
— É que é impossível não te olhar e não querer te elogiar. – Diz e eu rio pondo o cinto e ele entra no carro também fazendo o mesmo.
A gente ficou ouvindo música até chegarmos no local que não demorou muito,fui reconhecer só quando parei para prestar atenção e vi que era o lugar onde nos conhecemos.
— Não acredito. – Digo e ele ri saindo do carro e abrindo a porta pra mim.
— Gostou? – Indaga e eu assinto saindo do carro.
A gente entra para dentro e o lugar está com o samba rolando,mas na caixa de som,pois não tem ninguém,nem os funcionários do bar,nem os amigos de banda do Vicente e nem sua família.
— Apesar de eu ter adorado voltar aqui,quero saber o porque me trouxe e porque não tem ninguém aqui além de nós. – Digo confusa e ele ri se aproximando.
— A gente claramente tá se dando bem,mas aconteceram ocorridos que talvez iriam dificultar a gente,então eu tive uma ideia de te trazer aqui e a gente poder aproveitar para ter um date continuar o papo que a gente teve no 1° momento. – Fiquei o olhando sem acreditar,pois eu amei a ideia,parece que o Vicente tava insistindo em algo que sabia que ia dar certo e eu confesso que tô com essa mesma sensação. — Então topa? – Diz me olhando de canto e eu sorrio.
— Claro,mas para isso dar certo temos que fazer as apresentações, como se a gente não se conhecesse. – Digo e ele vai pegando uma cadeira para eu me sentar perto da mesa.
— Como quiser. – Diz agora sentado também do meu lado da mesa.
— Prazer,Luiza.
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No ritmo do Samba
RomanceLuiza é surfista e Vicente um pagodeiro que toca pandeiro muito bem,num encontro inusitado de coincidências,Vicente,melhor amigo de seu irmão,a conhece e por um mísero combinado,a aproximação deles se torna inevitável,com um charme inabalável e os f...