016.

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- 𝐏𝐄𝐃𝐑𝐈 𝐎𝐍 -

Não sei o que passou pela cabeça de Maitê em achar que eu não perceberia seu olhar de ciúmes, sendo que a mesma não o disfarçou em nenhum momento.

Ela pode até ter negado, mas as palavras que ela não me disse, estavam escritas em seus olhos, e é evidente que eles não mentem.

Passei uma boa parte da festa ao lado da irmã de um dos meus companheiros, e foi nítido o olhar de Maitê fixado em nós.

Um pouco depois, eu a vi dançando com Gavira na pista, certamente longe de onde eu estava, mas era minimamente visível. Não que eu me importasse de alguma forma em vê-los juntos, mas confesso que aquilo mecheu um pouco comigo. Querendo ou não, se tratava do meu melhor amigo com a garota que eu odeio.

Inevitavelmente, percebi os dois a sós em boa parte da noite, não sei dizer se rolou algo, mas algo me dizia que sim. E aquilo me deixou certamente desconfiado, e talvez, um pouco ciumoso. Fazendo com que algumas encaradas fossem lançadas aos dois.

Durante a maior parte da festa, os nossos olhares se encontraram, de alguma forma, eu sentia quando ela me olhava. Até que esbarramos enquanto ela procurava por alguém, não a vi com Gavira, então deduzi que era ele quem ela estava a procurar.

Eu não diria que rolou algo, foi tudo muito rápido... Aquele ciúmes e toda o lance da desconfiança pode sim ter tomado conta de mim, o que acabou me levando a um quase beijo, mas foi um quase muito incerto, algo que eu nunca havia experimentado antes.

Ela dispertou algo muito forte em mim, nossos corpos se aproximaram de uma forma muito espontânea...

Mas o nosso ódio ainda permanece vivo e as brigas e discussões se tornaram algo quase que rotineiro. Foi o calor do momento, eu tenho certeza.

No momento, eu só torço para que Ferran e Gavira não tenham se tocado do que estava prestes a acontecer no momento em que chegaram.

𝐌𝐈𝐃𝐅𝐈𝐄𝐋𝐃 - PEDRI GONZÁLEZOnde histórias criam vida. Descubra agora