020.

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- 𝐌𝐀𝐈𝐓𝐄̂ 𝐎𝐍 -

1, 2, 3, 4, 5, 6 batidas na porta.

Ouvi meu pai me chamar na mesma hora e fui correndo em direção a porta.

Quando a abro, me deparo com os três garotos.

— Era para fingir surpresa e felicidade em te ver aqui? — Eu disse, dando de cara com González.

— Não precisa fingir, é nítido. — Ele retrucou.

Nos encaramos por mais alguns breves segundos.

— Entra, antes que minha vontade de socar a sua cara seja maior. — Eu disse.

— Como quiser, Estressadinha. — Ele disse, sarcástico.

Idiota.

Ferran e Gavira entraram, rindo.

Eu os olhei séria por alguns segundos.

— Fiquem a vontade, garotos! — Meu pai disse, fechando a porta.

— Isso não serve para você, González. — Eu refutei, sarcástica, me apoiando no sofá.

Logo os três se escancararam, cada um em uma parte do sofá.

— Pode admitir o quanto está feliz de ter o prazer de me ter em seu apartamento. — Pedri disse, orgulhoso.

— Seu sonho, aloprado. — Eu refutei.

Ferran e González se entreteram com um jogo na televisão, enquanto eu e Gavira conversávamos sobre mil e um assuntos.

Meu pai estava na cozinha, concentrado, mas de vez em quando, o mesmo lançava alguns olhares rápidos a nós.

— Aí, González, já que acabou o primeiro tempo, pode voltar a dar atenção para a sua namorada! — Ferran disse, soltando uma breve risada.

— Cala a boca, Ferran. — Retrucou, irritado.

— Namorada? — Eu disse, rindo. — Desde quando o aloprado tem namorada? — Completei.

— É você, inteligência. — Pedri refutou, ainda vidrado na televisão.

— Tá amarrado! — Eu repreendi. — Eu e esse basbaque aí? — Eu completei, indignada.

Pedri me encarou e revirou os olhos rapidamente.

— O mesmo "basbaque" com que você estava faltando morrer de tanto ciúmes na festa, esqueceu? — Gavira disse, sarcástico e entre risadas.

— É isso mesmo? — Pedri perguntou, evidentemente cheio de orgulho e curiosidade.

Ele fala como se não houvesse percebido. Mas ele sabia, e sabia muito bem.

— É óbvio que não e vê se fica na sua Gavira. — Eu disse, irritada e indignada.

Meu pai, agora, prestava atenção em nossa conversa. Evidentemente enciumado.

— Ouviu isso, Xavi? É isso que sua filha faz quando o senhor não está por perto. — Disse Ferran, enquanto ria.

Direcionei a Ferran um olhar de indignação.

— Você também, Ferran, fica na sua! — Eu disse, irritada. — Não houve nada de errado, pai. Eles estão brincando com o senhor.

— Estamos? — Gavira disse.

Eu o respondi com um tapa em sua nuca.

— Estamos. Estamos. — Ele disse, enquanto tentava se esquivar de minha mão, mas falhando miseravelmente.

Meu pai nos encarou com uma expressão de desconfiança, mas que logo se alterou.

• 𝐐𝐔𝐄𝐁𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 •

Estávamos no apartamento a um bom tempo, era tarde da noite, e haviamos maratonado todos os episódios de duas séries lançadas recentemente.

Como haviam sido lançadas a pouco tempo, a curiosidade dos próximos episódios foi o assunto por muito tempo.

Foi ficando cada vez mais tarde, e por um momento, pude jurar que dormiriam ali mesmo.

Eu estava esperando meu pai entrar em ação, e começar com sua típica frase, "amanhã cedo tem treino". O que, dessa vez, não aconteceu, talvez por algum milagre.

— Já está tarde, tenho que deixar os dois em casa, amanhã cedo estamos juntos de novo. — Ferran disse, se despedindo.

Todos agradeceram e nos despedimos, cansados, mas felizes. Aquela noite que para mim séria um terror, por motivos óbvios, acabará de ser incrível.

Pouco tempo depois de arrumarmos tudo, me deitei e pude finalmente descansar.

Assim como dito por Ferran... Logo, logo, estaríamos todos juntos, novamente.

𝐌𝐈𝐃𝐅𝐈𝐄𝐋𝐃 - PEDRI GONZÁLEZOnde histórias criam vida. Descubra agora