019.

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- 𝐌𝐀𝐈𝐓𝐄̂ 𝐎𝐍 -

Haviamos chegado certamente em cima da hora hoje no CT, mas nada que ultrapassasse o horário do início do treino.

Não consegui conversar com os meninos antes do treino se iniciar, mas nos comprimentamos rapidamente, mesmo de longe.

Agora, eu escutava "Efecto" de Bad Bunny.

Desde que cheguei aqui, uma das coisas que eu mais venho feito tem sido ouvir Bad Bunny, sem nenhuma sombra de dúvidas. Os garotos conseguiram trazer esse hábito de volta a minha rotina, e eu agradeço muito por isso.

Não prestei tanta atenção no treino como da última vez, mas pude ver o sofrimento dos garotos no olhar, mesmo sendo por uma boa (muito boa) causa.

Meu pai me chamou para mais perto do campo, mais especificamente para uma espécie de arquibancada.

Estavam sentados: Gavira e mais outros dois de seus companheiros, provavelmente em seu tempo de descanso.

Na mesma hora Pablo se levanta e caminha até minha direção.

— Chegaram tarde hoje, aconteceu alguma coisa? — Perguntou Gavi.

— Nada em específico ou de importante, o despertador só decidiu tocar na hora errada. — Eu disse, rindo.

Ele riu e direcionou seu olhar ao campo.

— Estou te atrasando? — Eu disse, meio confusa.

— Não! De jeito nenhum! Estamos descansando. —Ele disse, ainda focado. — Eu estava apenas observando Ferran... E falando nele! — Ele completou.

E logo senti uma mão bagunçar todo o meu cabelo.

— Fala tu, Maitê! — Disse Ferran.

Eu o comprimentei e algum tempo depois pude perceber Pedri, cansado, sentando-se numa das cadeiras da "arquibancada" (ou banco) na qual estávamos em frente.

Nossos olhares se encontraram, mas fomos rapidamente interrompidos pelo breve apito de meu pai.

— Por hoje é isso, garotos! — Meu pai disse. — Não me venham com essas caras, peguei leve com vocês hoje.

— Imagina se não tivesse pegado leve! — Gavira disse, entre risadas.

Agora nos direcionávamos aos vestiários.

— Bom dia, Estressadinha! — Disse Pedri, nos ultrapassando e indo rapidamente para seu vestiário.

Um revirar de olhos foi quase que instantâneo.

Ferran e Gavi se entreolharam e sorriram, era perceptível um fundo de surpresa nesse olhar.

— Vocês dois, não comecem! — Eu refutei, irritada.

— Quer dizer que agora tem até apelido entre os dois! — Ferran disse.

Eu me fiz de séria e logo mudamos de assunto.

Um tempo depois, meu pai entrou na conversa.

— Porque vocês não vão ao apartamento hoje a tarde? — Disse meu pai.

—  Já nos viu negar alguma coisa, Xavi? — Ferran retrucou.

— Já! Mais carga no treino! Faltaram chorar de tanto implorar. — Ele refutou.

— Mentira! Quero provas. - Ferran disse, entre risadas.

— Provas de que vocês dois são frangotes e não aguentam uma carguinha a mais? — Eu disse, rindo.

— Olha quem fala! — Pedri disse, saindo de seu vestiário e se aproximando de nós.

E eu o olhei, com uma expressão explicitamente sarcástica.

— Uma carguinha a mais? Seu pai queria nos matar com um peso de 25kg de uma vez, sem contar com o peso com que já estávamos. — Gavira refutou, fazendo com que todos rissem.

— Esperamos vocês lá! — Meu pai completou, despedindo-se de todos. — Você também está convidado, González!

Logo estávamos saindo pela porta principal, em
direção ao carro.

— É sério isso? González? No nosso apartamento? — Eu disse, sem esperar uma resposta, que eu de fato não recebi.

Almoçamos em um dos mais renomados restaurantes de Barcelona, chamado "Àbac".

Ficamos surpresos com a qualidade e beleza do restaurante, tudo era extremamente perfeito e bem pensado.

Não demorou muito para que chegássemos ao apartamento, e para que estivéssemos já na espera dos garotos.

𝐌𝐈𝐃𝐅𝐈𝐄𝐋𝐃 - PEDRI GONZÁLEZOnde histórias criam vida. Descubra agora