*Disclaimer: Linguagem imprópria.
Frases em negrito: Falas em valiriano.
110 DC — Kings Landing
Viserys amava profundamente o irmão.
Entretanto, ele reconhecia o potencial destrutivo que Daemon demonstrava desde a adolenscência. De certa forma, o rei não ficou surpreso ao ouvir sobre os feitos do irmão: Uma chacina de criminosos de todos os tipos na Baixada das Pulgas.
Abismado, talvez, mas não surpreso.
Por sorte, o assunto pode ser contornado sem que Otto Hightower resolvesse condenar o Príncipe Rebelde as passar a noite nas Celas Negras. Os lordes do conselho pareciam descontentes com a resulução que Viserys decretou, mas não podiam discordar de seu rei. Todos ali eram, afinal, subordinados à justiça do monarca, e aos olhos de Viserys, seu irmão era mais importante do que algumas dúzias de bandidos esquartejados.
Otto daria seu assento para apagar aquele sorriso presunçoso do rosto de Daemon. Para seu prazer, ele tinha um trunfo.
— Se me permite, meu rei. Ainda tenho um assunto do qual gostaria de tratar antes do início do torneio. — O Hightower disse.
O Lorde Beesbury já estava se preparando para levantar, mas Lyonel Strong pôs a mão no antrebraço do homem, e fez um gesto com a cabeça em direção à Mão. Viserys olhou para Otto, um pouco surpreso. Tinha se distraído.
— Por favor. — Respondeu o rei.
Otto tirou um pequeno rolo de pergaminho do bolso das vestes e entregou ao rei, tomando o cuidado de encarar o príncipe enquanto o fazia. Daemon parecia entediado. Viserys aceitou o pergaminho e percebeu, como sempre, que o selo tinha sido rompido. Não ficou surpreso, sabia que suas correspondências passavam por várias pessoas antes de chegar a ele, mas ao analisar o pedaço de cera, viu nele um brasão nobre, gravado a ferro: Seixos sobre um campo, com runas ao redor. A cera era bronze.
Casa Royce.
— O Lorde Gerald escreve em nome da Lady Rhea, ele diz que seus rebanhos foram comprometidos por uma praga nos últimos anos, e com o tributo que eles enviaram à capital para as festividades do nascimento do futuro herdeiro, as áreas de Pedrarruna ficaram com poucas ovelhas. — Disse a Mão, enquanto o rei ainda observava o selo. Quando Otto mencionou o nome de sua detestada esposa, Daemon endureceu o rosto. Do outro lado da mesa, Corlys conteve um sorriso.
Viserys olhou para Otto, esperando que o homem continuasse. Prontamente, o Hightower prosseguiu.
— Esperar que as ovelhas procriem demoraria mais de meio ano, eles também não podem contar com a lã das ovelhas que estiverem prenhas. Ao todo, os prejuízos são verdadeiramente preocupantes, especialmente considerando as constantes chuvas de as terras do vale tem recebido desde o fim da primavera.
— Heh.
Viserys sentiu o pergaminho ser puxado da sua mão. Lorde Beesbury arregalou os olhos enquanto Lyonel apenas suspirou. Estava ao lado do príncipe, e tinha percebido que a postura do homem ficava mais agressiva a medida que Otto falava. Strong pode antecipar o momento em que Daemon puxou o pergaminho do irmão. O Targaryen mais moço leu repidamente o conteúdo da carta, o rosto impassível.
Ninguém ousou falar, nem mesmo Otto. Viserys teve vontade de protestar, mas a petulância do irmão roubou-lhe as palavras. Daemon parecia displicente, mas o rei sabia que ele estava furioso. Era a segunda vez que o nome de Rhea tinha sido levantado naquela tarde, e aquilo nunca era uma boa coisa.
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The Bronze Princess
FanficO Príncipe Rebelde lembrava de poucas coisas do dia de seu casamento. Uma delas era de deitar-se com sua Vaca de Bronze uma única vez, por culpa de algumas garrafas de vinho dornês. Nunca quisera voltar lá, não queria encarar de novo aquele rosto es...