Vegas

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No fim das escadas Pete deu uma voltinha.

— Gostou? - ele abriu um sorriso.

— Meu dinheiro foi bem gasto.

O sorriso dele se desfaz e ele segura sua bolsa mais firme.

— Você tem um jeito com as palavras, Vegas. Tão tranquilo e poético. Me deixa chocado o fato de as pessoas não fazerem fila para fingirem te amar.

Ri de seu comentário. Gosto muito desse lado dele que eu não conhecia. Eu ofereci minha mão a ele e ele aceitou.

— Vamos lá.

No caminho até a festa quando chegamos no bairro em que ela aconteceria os olhos de Pete observavam em choque as casa e os terrenos magníficos. Confesso que até eu estava impressionado. De frente para a propriedade deles vimos quão grandiosa ela é, o que me fez pensar que ela deve ser de outro mundo quando o dia está claro.

— Se controle Pete - Murmuro com uma voz que eu espero que esteja o mais natural possível.

Ele olha para mim com o cenho franzido.

— Você pode estar acostumado com isso Vegas, mas eu não estou acostumado com esse luxo todo - Ele estava começando a ficar em pânico- Eles vão saber que eu sou uma fraude!

Inclinei-me para perto dele e olhei diretamente em seus olhos assustados

— Não vão, não - Cochichei- Vou estar ao seu lado, e vamos agir como se nos amássemos, relaxe.

Depois de alguns minutos ele já parecia bem mais tranquilo. Saí do carro e como um cavalheiro eu abri a porta para ele. Caminhamos juntos de mãos dadas pelo gramado da propriedade que estava sendo iluminada e fomos em direção à entrada.

Antes de chegarmos eu vi Gustav com sua esposa e descidi que seria bom fazer uma pequena cena antes de entrar. Parei de caminhar e Pete me olhou confuso, me aproximei de seu corpo e falei em seu ouvido.

— Finja que eu acabei de lhe dar um presente - Dou uma olhada discreta para o casal vindo na nossa direção- Rápido, eles estão vindo.

Num segundo Pete entendeu o que eu queria e mudou sua expressão completamente. Seu rosto se iluminou e ele pulou encima de mim.

— MEU DEUS VEGAS! NÃO ACREDITO QUE FEZ ISSO POR MIM, EU AMO TANTO VOCÊ! - Ele começou a dar gritinhos de felicidade.

Ele colocou as duas mãos ao redor do meu rosto e me beijou e beijou e beijou. Nós dois só paramos quando escutamos alguém tocindo um pouco alto. Me afastei de Pete e lhe dei um sorriso.

— Parece que temos companhia - Virei meu corpo para dar atenção ao casal que estava próximo de nós com um sorrisinho nos lábios e olhos que diziam "jovens".

— Sr. Gustav.

— Oi Vegas, parece que vocês estão muito animados - Disse ele logo olhando para Pete- E você deve ser o Pete Saengtham.

— Sim, senhor Gustav - Pete responde timidamente.

— Não precisa de formalidades, pode me chamar só de Gustav e essa é a minha esposa Namphueng.

— Você pode me chamar de Nam, Pete - Ela se aproxima dele e dá um pequeno abraço- Agora você tem que me contar o que te deixou tão feliz.

— Vegas me deu um presente.

— Ah querido, o que ele lhe deu?

Eu olhei para Pete esperando uma resposta também, o que seria? Joias? Bolsas? Eu estou realmente curioso. Seria uma viagem? Normalmente esses são presentes extravagantes que as pessoas gostam de receber, mas o que ele disse me surpreendeu.

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