Vegas

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O apartamento está silencioso quando nós chegamos. Coloco as malas no chão e olho para a bagunça que eu deixei para trás.

— Eu deveria ter arrumado tudo. Estava ansioso para te encontrar.

Ele anda pela sala, coloca Gray no sofá e pega as garrafas.

— Você precisa parar de beber tanto uísque.

As palavras saem antes que eu possa impedi-las.

— Você precisa parar de me deixar.

Seus olhos se arregalam.

Arrumo meu cabelo.

Merda. Estou em casa por alguns segundos e o babaca já se revelou.

— Vou deixar passar essa. Eu não deveria ter fugido. Deveria ter ficado e conversado com você.

Estico-me e o trago para os meus braços.

— Você não tinha motivos para confiar em mim. Vou me certificar de que não tenha essa desculpa da próxima vez. Não. - Complemento. - Haverá uma próxima vez.

Ele se aconchega em mim.

— Não.

— Então estamos bem?

— Sim.

O vidro se amassa sob meus pés quando me mexo, e olho para baixo com uma careta.

— Cuidado.

— Outro momento babaca?

— Um grande. - Informo. - Eu estava bravo com você... mas passou rápido.

— Acho que estava no seu direito.

— Vou chamar alguém para limpar.

Ele balança a cabeça com um sorriso.

— Não está ruim. Podemos limpar rápido. - Inclinando-se, ele pega sua mala. - Ou melhor, você dá conta de limpar isso sozinho enquanto eu faço o jantar.

Pego minha mala e sigo ele pelo apartamento.

— Lá vai você dando ordens.

— É bom se acostumar. - Ele se vira e dá uma piscadinha.

Não resisto e dou um tapa na bunda dele, fazendo-o pular e correr na minha frente. Sou rápido e logo o acompanho para dentro do quarto.
Dou um beijinho na bochecha dele e sento na cama.

Ele olha em volta.

— Por onde começar?

— Quer que eu pegue logo suas coisas? Quero-as de volta aqui, de onde não deveriam ter saído.

— Tudo bem.

----------vp----------

Saio do chuveiro e seco meu cabelo com a toalha. Ao entrar no quarto, olho em volta com um suspiro baixo. Pete se mudou de volta. Suas roupas estão no closet e na cômoda, seus cremes e perfumes... O cheiro dele já está no ar.

Ele ficou chocado quando viu a bagunça que eu fiz no antigo quarto dele, mas acabou arrumando tudo enquanto eu carregava tudo para lá e para cá.

Coloco uma camiseta, calças moletom e vou correr. As garrafas, os papéis e o vidro quebrado já tinham sido limpos e a cozinha já estava arrumada de novo.
Pete está sentado ao balcão, com uma taça de vinho aberta e uma taça me esperando. Bebo um gole e aprecio o sabor.

— Jantar?

Ele tira os olhos de seu livro.

— Está no forno, falta pouco.

The ContractOnde histórias criam vida. Descubra agora