Vegas

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Porsche se inclina para frente, apontando uma amostra.

— Eu gostei dessa aqui.

Balanço a cabeça.

— Nada disso. É muito discreta. - Mexo na pilha de amostras e pego a que está quase embaixo de tudo. - Essa chama atenção.

— Essa é muito na cara.

— Precisa ser na cara, Porsche. Estamos vendendo diversão aqui. Tem que cativar você.

Ele aperta os lábios e eu aproveito para beber um gole do meu café. Eu estou de "volta" por quase quatro meses. Meu relacionamento com os Kittisawasd está solidificado tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Minha carreira nunca esteve tão completa como agora. Minha vida com meu marido está maravilhosa. Pete trouxe uma paz para o meu mundo que nunca percebi que faltava ou precisava. Ele é meu núcleo, e tudo que faço gira em torno dele de alguma forma.

Ele passa seu tempo sendo voluntário e, três dias na semana, trabalha no Grupo Kittisawasd..., mas não para mim. Ele ajuda Nam, e os dois formam um grande time. É uma situação onde todos ganham, já que, posso vê-lo na empresa e ainda tê-lo em casa.

Porsche empurra as amostras com um barulho bravo.

— Detesto quando você está certo.

Ri pela indignação dele.
Antes de eu poder falar, seu celular toca. Ele atende e outro resmungo baixo me faz rir por ele estar frustrado.

— Ok. Não, vou ver o que consigo fazer. - Ele desliga, jogando o celular na mesa.

— Algum problema?

— Meu carro que está no conserto não vai ficar pronto hoje. Kinn viajou e preciso de carona para casa. Vou ver se consigo alcançar o meu pai.

— Ele saiu da reunião logo depois do almoço. Disse algo sobre ter que ir para casa logo.

— Merda.

— Posso te levar.

— Certeza?

— Sim. Posso te deixar lá.

— Não tem planos com o Pete hoje à noite?

— Não. Na verdade, ele tem um minicurso de artesanato hoje à noite, então estou livre como um pássaro.

— Ótimo. Obrigado.

— Claro. Agora vamos acabar com isso, depois eu te levo.

----------vp----------

A carona foi agradável e rápida. Eu não precisei ser guiado, já que estive lá muitas vezes. Porsche, como sempre, encontrou muitas coisas para falar, passou o tempo todo contando histórias sobre a procura de um sofá novo.

Ele e Kinn moram no fim da cidade, em um bairro novo. É perto da água, as casas são grandes e bem distante umas das outras. Eu gosto do ar silencioso e rico da área.

Após deixar Porsche, dirijo pelas ruas ao redor, admirando as casas e a tranquilidade do bairro. Diminuo a velocidade, parando na esquina em que uma casa chama a minha atenção. O cinza-escuro do tijolo e o telhado azul vivo se destacam na área de cores mais neutras... o sobrado com uma sacada em torno de toda a casa e janelas grandes, parece aconchegante.

O que chama a minha atenção, no entanto, é o homem colando uma placa com "À venda" escrito. Também há uma caixa para guardar folders de informações sobre a casa. Sem pensar, já estou fora do carro, andando até ele.

The ContractOnde histórias criam vida. Descubra agora